quinta-feira, 27 de junho de 2013

ALGUMAS IMAGENS DO PERÍMETRO FERROVIÁRIO DO ENTRONCAMENTO!

* Das várias passagens que tenho feito pela cidade ferroviária, esta última terá sido a menos proveitosa em termos de material circulante. O Museu Nacional Ferroviário Armando Ginestal Monteiro continua encerrado para obras de recuperação, apenas se encontrando visitável a "Rotunda das Locomotivas" espaço que já divulguei. Soube que o "comboio presidencial" se encontra lá, mas longe dos olhares do público; pelo menos não fui merecedor de uma informação mais ampla. Não havendo certezas...uma vez mais só funcionam as previsões...que dizem que o museu só reabrirá no final do ano em curso (se...).
* Embora vá dominando os meandros periféricos da infraestrutura, não ouso importunar as amizades que por lá tenho e que, possivelmente, me dariam para algumas ultrapassagens menos calculadas!
* Não me alongando mais, até porque já existem outras deambulações sobre o mesmo tema, pela minha parte, ficam algumas fotos, que eventualmente, algumas poderão ser já conhecidas por todos aqueles que fazem o favor de me seguirem através destas tecnologias.
Material que me diz que estou a ficar idoso, mas ao mesmo
tempo me causa alguma alegria por me lembrar a minha
juventude. Carruagem cama (a azul) e carruagem bar/
/restaurante (a metálica) ambas da CP e que já não fazem
qualquer serviço comercial.

O restauro irá ficar pelo triplo, atendendo à inoperacionalidade!
A locomotiva elétrica 2501 (série 2500) que se encontra naquele
local há mais de dois anos, sem ser sequer oleada ou limpa.
Nas traseiras temos um locatrator da série 1150, da marca
"Sentinel" com motores Rolls-Royce. Aguardam por
recuperação para integrarem o espólio museológico!

Dado o estado se ir degradando, este exemplar  (único?) de
um locatrataor da série 1050, encontra-se um pouco escondido
dos viajantes. Conta-se que venha a ser recuperado para
o acervo do museu!

Uma abelha-maia (série 2240) automotora tripla elétrica
que faz serviços "intercidades", como está escrito
nas respetivas cabinas de condução. As outras iguais,
mas com linhas longitudinais pretas fazem os regionais.
Nada tenho contra elas, a não ser o fato de não terem
separado os serviços prestados por cores; até porque já
existiram desta série em vermelho.

Duas irmãs gémeas. Locomotivas elétricas da marca
"Siemens", da série "4700" e que estão afetas à
CPCarga. Continuo a apelar para que não façam
isto! Não se desloquem pelas linhas, pois é proibido.
Faço-o ao abrigo de uma credencial e com um colete
refletor vestido. 

São já cinquentenárias, mas trabalham que se fartam.
O seu roncar deixa saudades. Locomotiva a diesel da
série 1400 (a número 1435) manobra diversos vagões.

Locotrator da série "1100" (o número 1104) que já
integra o acervo museológico, embora esteja a
descoberto. Estas são as cores originais, embora
tenham prestado serviço com outras tonalidades.

Duas carruagens de passageiros, compartimentadas, tipo
"Budd", metálicas de fabrico "sorefame". Também já
terminaram os seus dias. Encontram-se sem qualquer
proteção, o que é desagradável!

Sobre o viaduto pedonal que permite o atravessamento
das linhas em segurança, de norte para sul, com
algumas abelhas-maias (ou Lili Caneças)!

Automotora elétrica da série "5000" (alfa-pendular)
aproximando-se da estação, onde não efetuou
paragem.

Outra composição igual à anterior, mas em sentido
inverso. Também é "non-stop"!

O interior de uma carruagem "corail" do intercidades que
nos trouxe, ao Pedro até Aveiro e a mim até Porto/Campanhã.
 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

CONSTÂNCIA!

Continuam  as belas paisagens ribeirinhas ao longo
deste troço da linha ferroviária.

Ponte rodoviária de Constança. Dada a reduzida largura
não permite o cruzamento de dois veículos em pleno
tabuleiro; daí a entrada e saida da mesma ser controlada
através de semáforos. A ponte ferroviária não interfere
com o trânsito automóvel, embora lhe seja paralela!

* CONSTÂNCIA é uma vila pertencente ao distrito de Santarém, composta por três freguesias; a da sede do concelho (homónima), Montalvo e Santa Margarida da Coutada (de que já se falou).
* O atual nome só foi, oficialmente, adquirido no ano de 1833, por interferência da rainha Dona Maria II que lhe atribui a designação devido ao apoio que a população lhe tinha dado e a sua insistência para mudar o seu antigo nome - PUNHETE - de que não gostava (imaginem como seria o gentílico...)
* É sede de um pequeno município com 80 quilómetros quadrados de área e de acordo com o recenseamento de 2011 com 4056 habitantes, resultando a densidade populacional de 50,67 habitantes/quilómetro quadrado. O município é delimitado a norte, leste e sul por terras de Abrantes e a oeste por Vila Nova da Barquinha e Chamusca.
* Ainda com o seu nome brejeiro de Punhete, esta vila ficou conhecida por ter sido local de residência de Luís Vaz de Camões, que aqui escreveu alguns dos seus poemas líricos, aquando do seu desterro no Ribatejo (entre 1546 ou 1547).  Os seus atuais habitantes são chamados de "Constancienses", datando a fundação do município de 1571.

terça-feira, 25 de junho de 2013

ROSSIO AO SUL DO TEJO!

A estação ferroviária de Abrantes, situa-se na antiga freguesia de
Rossio ao Sul do Tejo.

O Rio Tejo acompanha a Linha da Beira Baixa.
Fotografia tirada com a composição em marcha. 

A beleza paisagística deste trecho!

Represa em pleno rio.
* "ROSSIO AO SUL DO TEJO"  é uma antiga freguesia do concelho de Abrantes, com a área de 6,61 quilómetros quadrados e 2012 habitantes - recenseamento de 2011 - perfazendo a densidade populacional de 304,40 habitantes/quilómetro quadrado. É uma das três freguesias que incluem uma parte da cidade de Abrantes.
* Foi extinta no ano em curso, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de São Miguel do Rio Torto, formando a nova freguesia denominada por "União das freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo".
* Esta antiga freguesia está situada no centro do concelho, sendo uma das três que não contatam com território que não seja pertença de Abrantes. Como vizinhos possui o Pego, a nordeste; São Miguel do Rio Torto, a sul e sudoeste e São João, a noroeste. Neste último limite - bastante estreito - é ribeirinha à margem esquerda do Rio Tejo (ver as imagens).
* É a 18.ª  freguesia do concelho em área, a 7.ª em população e a 2.ª em densidade demográfica.
* A sua fundação deu-se no ano de 1839, tendo como orago a Nossa Senhora da Conceição, sendo os seus habitantes chamados de "rossienses".
* Aqui funciona a fábrica e os lagares de azeite de Victor Guedes, que comercializa o famoso "Azeite Gallo". É também importante no meio ferroviário, por ser o local em que se separa a linha proveniente do Entroncamento; da freguesia parte a Linha do Leste com destino a Badajoz (Espanha) e a linha da Beira Baixa com destino à Covilhã.   

domingo, 23 de junho de 2013

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ABRANTES!

Eis-nos chegados ao destino (Abrantes).

Antigo cais de mercadorias, que hoje serve de armazém.

Vagoneta com cisterna em cima! Engraçado.

Por via das leis da física, este conjunto só pode circular
com a cisterna totalmente cheia ou totalmente vazio.
Não há meios termos.

O antigo armazém de mercadorias era servido por duas linhas,
uma na frente e outra nas traseiras., sendo ambas de topo.

Material pertencente à "Refer". Vagonetas de transportes de
materiais afetos às vias e obras.

Mais material pertencente à "Refer". Dresines de via e obras
com as vagonetas acopladas. Interessante o guindaste ir
numa vagoneta e o respetivo braço ter de ir noutra.

Depósito de água da estação ferroviária.

Nem todos sabem, mas o meu professor já me ensinou
que isto é um carro americano que se conduzia sobre
o carril.

Carris pousados em cima de três vagonetas. Sinal de obras
o que nos apraz registar com agrado.

Junto à passagem de nível (automatizada), temos a separação
física das linhas do Leste e da Beira Baixa.

Um pouco desconchavado, mas é um "gabarit".
Aparelho que servia para medir a largura da carga nos
vagões abertos.

Toma de água existente no perímetro da Estação.

Bem no centro, PK. 135,000 de que linha?

Um dos meus companheiros e o meu mentor ferroviário,
professor Pedro Zúquete, faz a honra à placa do PK. anterior.

Linha de topo, atualmente sem servia, e onde os
vagões cerealíferos eram carregados.

Vista no sentido de sul para norte

Penso que nas traseiras da laranjeira, seria uma das chamadas
"casas do partido" (não é política!); hoje deserta.

Desde sentinas, sanitas, quartos de banho, wc's, tenho
ouvido chamar de tudo; mas a nível ferroviário elas
continuam a ser "retretes" (francesismo...)


Composição que era rebocada por uma dupla de "4700",
locomotivas elétricas.

Os vagões pertenciam à "Central Tejo" e iam
carregados de carvão.

A composição tinha um comprimento muito razoável e
era composta apenas pelos vagões "UAACS"

Vista geral da frontaria exterior da estação.

Com a falta de um batente, não deixa de ser uma linha de
topo, a exterior ao antigo cais das mercadorias.

Grua que não funciona, mas se encontra em razoável
estado de conservação e que servia para carregar ou
descarregar as mercadorias.

Bem, a outra linha de topo, sem batentes mas
com travões.
* A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ABRANTES", que é popularmente designada por "Estação de Abrantes", é uma interface das Linhas da Beira Baixa e do Leste, que serve o concelho de Abrantes, no distrito de Santarém  e cujo acesso é feito pela Rua da Estação na freguesia de Rossio ao Sul do Tejo.
* Além de duas linhas de topo e várias de reserva, apresenta três vias de circulação cujos comprimentos são 508 (quinhentos e oito), 311 (trezentos e onze) e 271 (duzentos e setenta um) metros, com as plataformas a terem a extensão de 207 (duzentos e sete) metros, ambas e a altura de 70 (setenta) centímetros.
* Já nos projetos originais para o Caminho de Ferro do Leste, se incluia a instalação na zona do Rossio ao Sul do Tejo, da estação que viesse a servir a então vila de Abrantes.
* O troço entre Santarém e Abrantes entrou ao serviço no dia 01 de Julho de 1861, como parte da Linha do Leste. O troço seguinte de Abrantes até à raia espanhola foi inaugurado em 24 de Setembro de 1863. A primeira secção da Linha da Beira Baixa, entre Abrantes e a Covilhã começou a ser construída nos finais de 1885, tendo sido inaugurada em 06 de Setembro de 1891.
* No ano de 1934, a então "Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses" procedeu a obras de beneficiação nesta infraestrutura.

SANTA MARGARIDA DA COUTADA!

Ficheiro:CNS-smargaridacoutada.png
(Brasão da freguesia. Fotografia de Sérgio Horta e retirada da internete livre)
* A freguesia de "SANTA MARGARIDA DA COUTADA", a que o povo chama apenas de "Santa Margarida"  é uma das três que pertencem ao concelho de Constância, tem a área de 58,77 quilómetros/quadrados, a população de 1788 habitantes - pelo recenseamento do ano de 2011 - o que perfaz a densidade populacional de 30,4 habitantes/quilómetro quadrado.  
* É nesta freguesia que se situa o "Campo Militar de Santa Margarida" do Exército Português, que é uma das maiores instalações militares da Europa, a maior  portuguesa em termos de guarnição e a segunda maior em termos de ocupação de área - superior ao próprio Estado de San Marino - sendo apenas suplantada pelo "Campo de Tiro de Alcochete".

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SANTA MARGARIDA!

O pequeno edifício da Estação Ferroviária na parte
virada para o cais de embarque. Vista geral 

Já com a composição em movimento, um último pormenor
da infraestrutura ferroviária que se encontra encerrada.


* "A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SANTA MARGARIDA", que popularmente é apenas conhecida como "Estação de Santa Margarida", é uma gare da Linha da Beira Baixa (PK. 124,046), que se situa na localidade de Santa Margarida da Coutada, do concelho de Constância e do ainda distrito de Santarém.
* Apresenta duas vias de circulação com os comprimentos de 684 (seiscentos e oitenta quatro) e 679 (seiscentos e setenta nove) metros, possuindo as duas plataformas 455 (quatrocentos e cinquenta cinco) e 222 (duzentos e vinte dois) metros de extensão, e a altura de 45 (quarenta e cinco) e 95 (noventa e cinco) centímetros.
* Esta interface insere-se no troço entre as Estações de Santarém e Abrantes, que entrou ao serviço no dia 01 de Julho de 1861, integrando a Linha do Leste. 

sábado, 22 de junho de 2013

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DO TRAMAGAL!

Vista parcial do edifício da estação que se encontra
encerrada, mas razoavelmente bem conservado. Parte
virada para as plataformas de embarque.  

Lado oposto e início do Ramal da "Somapre"

Antigas instalações fabris da "Berliet" que tantas
unidades forneceu ao Exército Português. Agora funciona
uma linha de montagem da "Mitsushi".

Diversas viaturas de mercadorias aguardando a aplicação
das diferentes carroçarias, consoante o fim a que se
destinarem.

Vagões fechados da série "His" aparcados no interior do
Ramal da Somapre.
* A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DO TRAMAGAL", simplesmente conhecida como "Estação do Tramagal", é uma interface da Linha da Beira Baixa e do Ramal Tramagal-Somapre que tem acesso pela Rua Eduardo Duarte Ferreira, no Tramagal, concelho de Abrantes.
* Apresenta duas vias de circulação com 506 (quinhentos e seis) e 523 (quinhentos e vinte três) metros de extensão, sendo o comprimento das plataformas de 254 (duzentos e cinquenta quatro) metros, com a altura de 30 (trinta) e 40 (quarenta) centímetros.
* Desde o ano de 2005 que é o ponto de inserção do Ramal Tramagal-Somapre na Linha da Beira Baixa, ramal este que serve apenas as mercadorias que saem daquela unidade fabril e para o transporte das matérias-primas para a mesma. Este pequeno ramal encontra-se também eletrificado.
* Esta interface situa-se no troço entre as Estações de Santarém e Abrantes, que abriu em 01 de Julho de 1861, integrando a Linha do Leste.