segunda-feira, 29 de julho de 2013

O FIM DA JORNADA...

Já chegados a Aveiro, assistimos à passagem de nova "Takargo".
agora a número 6007, que passou pela linha 1 sem paragem e
que me levantou do chão e levou o boné do meu amigo,
professor, irmão e mentor ferroviário, pelo ar; tal a sua
velocidade! 

E eu cheguei ao destino...Porto/Campanhã! Composição
"UTD" da série 592, vulgo "camellos", com o número
"006M".

...os passeios irão continuar, desde que o tempo o permita!

PAMPILHOSA FERROVIÁRIA EM FOTOGRAFIAS!

* Só para verem a produção de cerca de duas horas de uma tarde de sábado, no corrente mês. Depois digam que não vale a pena deslocarmos-nos atrás de composições ferroviárias...
Vagões cerealíferos de rodados duplos, da série "TAGDS"
ao serviço da empresa "Valouro" de rações para animais
avicolas.

Vagão adaptado à manutenção de túneis. 


Uma dresine que tracionava o vagão anterior. Ambos estão
afetos à "Refer".

Fileira de vagões carregados com "taleigas" de sacos
de cimento, da série "RLPS", prontos a seguirem viagem.

Em pormenor...são de rodados duplos!

Agora outra fileira de vagões fechados da série "His",
para transporte de mercadoria a granel.

Uma rasteira...no meio da fileira estava um da série "Gabs"
que é ligeiramente mais alto e possui o dobro do comprimento
dos anteriores.

A última aquisição. Vagoneta florida!

Sobre o viaduto, vista de sul para norte.

Sobre o mesmo viaduto, vista em sentido inverso, com a
composição do "comboio socorro" afeto a esta vila
ferroviária.

Em toda a sua imponência...o edifício ferroviário na
parte virada para as plataformas de embarque.

Vagões espanhóis, de transporte de material siderúrgico
da série "Shimms".

Andar a pedantes pelo meio de balastro, travessas e carris...
cansa! Que o diga o meu companheiro e mentor Pedro. 

Mesmo ao telemóvel, controla-se o movimento
ferroviário...

Locomotiva a diesel da série 6000, a  número 6001, da
"TakargoRail" do grupo Mota-Engil, que tracionava...

...vagões carregados de toros de madeira...

...existem em duas cores distintas, azuis e vermelhos.

Façam ideia da extensão da composição... Valentes máquinas!

Sinceramente...não sei se o Pedro ia cair ou levantar-se!!!

O controlador das composições...sabem quem é?

Báscula existente no meio da linha (seja balança!).

sexta-feira, 26 de julho de 2013

PAMPILHOSA!

Fotografia tirada do viaduto pedonal que atravessa as
vias de circulação na parte afeta à Beira Alta, mostrando
o edifício da estação em toda a sua magnitude.
Antigo edifício sede dos Bombeiros Voluntários, onde no
rés-de-chão funciona uma arrecadação e garagem de
viaturas pertencentes à autarquia. 
Veículo de transporte de doentes (não é ambulância) que
pertence à secção da Pampilhosa da Cruz Vermelha Portuguesa.
Ora cá temos a célebre palmeira, que começa a definhar!
Compare-se a altura de uma normal e da que é considerada
a mais alta da Europa.
Quadro em azulejos de base azul que mostra a locomotiva
a vapor BA61, quando ela se encontrava ainda numa
rotunda de um jardim público. Nessa altura ainda tinha
cobre...
* "PAMPILHOSA" é uma freguesia que pertence ao concelho da Mealhada, tem de área 15,60 quilómetros quadrados , pelo recenseamento de 2011 nela habitam 4098 pessoas, permanentemente, o que perfaz  a densidade populacional de 262,70 habitantes/quilómetro quadrado.  O seu orago é a Santa Marinha.
Como se pode verificar entrada para a biblioteca da
freguesia, que se localiza no andar superior do antigo
quartel dos Bombeiros Voluntários.

* É um importante centro ferroviário, conservando ainda, nos nossos dias, a sua estação ferroviária, de grande importância a nível nacional, onde se cruzam as linhas do Norte (entre Lisboa e Porto), da Beira Alta (entre Pampilhosa e Vilar Formoso) e o ramal da Figueira da Foz, via Cantanhede (que se encontra encerrado definitivamente, possuindo apenas circulação de mercadorias num curto espaço até à Valouro).
* Foi um centro importante na indústria cerâmica no início do século XX; porém esta indústria de barro extinguiu-se por completo e das grandes fábricas de outrora, hoje apenas subsistem ruínas.
* A maioria da sua população é oriunda de outros locais, pois desde o início do século XX - graças ao entroncamento das linhas de comboios, das empresas "Caminho-de-Ferro da Beira Alta" e "Caminhos de Ferro Portugueses" - registou-se um anormal crescimento populacional; tal ficando-se a dever à instalação de indústrias na zona, nomeadamente, cerâmicas, químicas, transformadoras de madeira que careciam de mão de obra. 
* Empregando a linguagem ferroviária da época, no ano de 1947, consumou-se a fusão das duas companhias; se bem que, por esta altura a estação da Pampilhosa era a segunda mais importante do país.
Depois de 1974, progressivamente todas as antigas indústrias se extinguiram; porém um novo parque industrial foi construído, a partir de 1997, noutro local e noutros ramos industriais e comerciais.
* A Pampilhosa possui a palmeira mais alta da Europa.
* A Locomotiva BA61 (Beira Alta) a vapor, dos anos 20, exemplar único no mundo encontra-se nesta freguesia (mas em estado bastante degradado, em consequência das pilhagens de que tem sido alvo) num antigo armazém que se encontra sem qualquer proteção.
* No dia 09 de julho de 1985 a Pampilhosa é elevada à categoria de vila.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

SANGALHOS!

* "SANGALHOS" é uma freguesia do concelho de Anadia com a área de 16,90 quilómetros quadrados e, pelo recenseamento de 2011, com 4068 habitantes, equivalendo à densidade populacional de 240,70 habitantes/quilómetro quadrado. Tem como orago o São Vicente.
* Foi vila e sede de concelho desde a idade média, vindo esse estatuto a ser oficializado pela carta de foral passada por Dom Manuel I em 1514. Como sede de concelho manteve-se até à primeira metade do século XIX.
* Possui uma estação ferroviária que integra a Linha do Norte  que se localiza ao PK. 248,482 e que tem acesso pela Rua de São Francisco (antiga Estrada Nacional 603-1), no lugar de Paraimo; onde só  fazem paragem as composições "regionais".
* Pela Lei número 65/85, de 25 de setembro esta freguesia recuperou o estatuto de vila, sendo formada por 15 lugares, incluindo o da sede.
A sede da freguesia é Sangalhos, mas a infraestrutura
situa-se no lugar de Paraimo, daí a designação oficial
conter os dois nomes.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

MOGOFORES!

* "MOGOFORES" foi uma freguesia do concelho da Anadia,cuja área era de 2,13 quilómetros/quadrados e, pelo recenseamento do ano de 2011, possuía 820 habitantes, equivalendo, assim, à densidade populacional de 385 habitantes, por quilómetro quadrados. É atravessada pela Linha do Norte, tendo uma estação onde só param os comboios regionais e alguns (poucos) interregionais. A cidade da Anadia fica a escassos dois quilómetros.
* Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Arcos, formando uma mega freguesia denominada por "União das Freguesias de Arcos e Mogofores"
* No ano de 1801 já tinha 240 habitantes, tendo constituído, até ao início do século XIX, o couto de Mogofores..
* Talvez o mais insólito é que Mogofores é praticamente uma só rua; a Rua Nossa Senhora Auxiliadora, sendo o restante da área ocupada, em grande maioria, por zona rural interior.
* O rei Dom Sancho II doou, esta povoação a um casal, João Dias e sua mulher. Foi vila e breve concelho no final da Idade Média e foi, também, um curato da apresentação do prior de São Paio de Arcos. Na posse da mitra e do cabido conimbricense - embora com separação - aí se formaram prazos familiares, por aforamento desses senhorios.
Capela de Santa Luzia.
Seminário e escola eclesiástica que se encontra a celebrar
os seus cento e cinquenta anos de existência. 
Mais uma composição "intercidades" treacionada por
uma locomotiva elétrica da marca "Siemens" da série "5600",
que não faz paragem e usa a velocidade máxima permitida.
Recebeu foral de Dom Manuel em 12 de novembro de 1514. Como se já afirmou, constituiu até ao início do século XIX, o couto de Mogofores. No ano de 1801 tinha 240 habitantes, nos nossos dias, não chegam aos mil.
O edifício da estação na parte voltada para  o largo
público. Atente-se no logótipo da "Refer" que é a
proprietária da infraestrutura.

* Mogofores é topónimo de origem árabe. Sobre o mesmo existe uma lenda que não deixa de ser curiosa e nos explica a origem do nome. Como por encanto, todos os anos desaparecia uma pessoa da localidade, e que jamais viria a aparecer. Nesses tempos existia na localidade uma bruxa de seu nome Moga. O povo começou a atribuir-lhe o anual desaparecimento das pessoas e desesperada, gritava: "MOGA FORA! MOGA FORA! O que veio a originar o topónimo MOGOFORES. Se a Moga foi desterrada ou não, a lenda nada nos diz; porém os habitantes fizeram a promessa de ir em peregrinação anual à Senhora do Beco e os desaparecimentos deixaram de se verificar. Ainda hoje o povo se mantém fiel a esse voto.
* Mogofores orgulha-se de Dom JOSÉ XAVIER CERVEIRA E SOUSA, falecido no ano de 1862, que foi sacerdote doutor em teologia e lente da Universidade de Coimbra, tendo sido pároco em algumas regiões da Bairrada, nomeadamente em Aguada de Cima (Águeda), sendo, posteriormente, bispo do Funchal, de Beja e de Viseu. O seu túmulo está nesta localidade na Capela dos Pintos junto ao altar da Senhora da Piedade, na Igreja Paroquial.
* Outra figura ilustre foi o Visconde de Seabra - primeiro visconde deste título - ANTÓNIO LUIZ DE SEABRA, brilhante jurisconsulto, nascido em 02 de dezembro de 1798 a bordo a nau Santa Cruz. Depois de ser par do reino, chegou a Ministro de Estado, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, deputado e reitor da Universidade de Coimbra. Simpatizante dos ideais liberais, defendeu-os muitas vezes de armas em riste. Quando se deu a modificação política do ano de 1823 pediu a demissão do cargo que ocupava - juiz de fora em Alfândega da Fé - e retirou-se para a casa paterna em Vila Flor, dedicando-se a trabalhos literários. Em 1825 foi nomeado juiz de fora para Montemor-o-Velho, escrevendo, no ano seguinte, uma ode dedicada à infanta regente Dona Isabel Maria. Aquando do seu decesso na Quinta de Santa Luzia, em 29 de fevereiro de 1895, estava já aposentado como juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. O título de visconde foi-lhe concedido pelo rei Dom Luiz em 25 de abril de 1865. 
* Foram também figuras de relevo desta localidade, o Barão de Mogofores e o Barão do Cuzeiro. O primeiro, MANUEL FERREIRA DE  SEABRA MORA E SILVA, primo do anterior, foi o primeiro e único barão deste título. Viu a luz do dia em 17 de novembro de 1786 e faleceu em 21 de outubro de 1872. Foi Juiz do Supremo Tribunal de Justiça e deputado na legislatura de 1840-1841. Escritor e poeta, usava o pseudónimo de Elmano Conimbricense. O título de nobreza foi-lhe concedido 20 de Maio de 1869 pelo mesmo Dom Luiz. FRANCISCO LUIZ FERREIRA TAVARES foi o primeiro barão do Cruzeiro. Nasceu em Albergaria-a-Velha em 19  de fevereiro de 1852 e morreu em Mogofores em 13 de dezembro de 1912. Foi abastado proprietário no concelho da Anadia. O título foi-lhe conferido por Dom Luiz em 28 de outubro de 1875. Foi o bisavô do atual cantautor, José Cid, que aqui reside.
* Ainda desta localidade, foi também o jornalista e político ALBANO COUTINHO, que foi governador civil de Aveiro (cargo já extinto) e um dos principais obreiros e entusiastas da estância termal da Curia. Por último, é também natural desta antiga freguesia TONI, que foi jogador e hoje é treinador de futebol.
* Numa estimativa poder-se-á acrescentar que Mogofores é um simpático ponto turístico que atrai visitantes interessados por leitão (prato típico de toda a zona da Bairrada, onde se encontra inserida). As pessoas que lá habitam todo o ano são, maioritariamente, idosas e agricultores. Na faixa etária infanto-juvenil há uma enorme escassez.  
    

domingo, 21 de julho de 2013

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE MOGOFORES!

* A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE MOGOFORES", que é conhecida apenas por "Estação de Mogofores", é uma interface ferroviária de passageiros da Linha do Norte, que serve a freguesia homónima no concelho de Anadia, distrito de Aveiro. O seu acesso é efetuado pelo Largo da Estação.
* O troço entre as Estações de Estarreja e Taveiro, da linha do Norte - onde esta interface se insere - entrou ao serviço no dia 10 de Abril de 1864.
* Além de uma linha de reserva e outra de topo, possui três vias de circulação com 1903 (mil, novecentos e três), 1004 (mil e quatro) e 854 (oitocentos e cinquenta quatro) metros de extensão, tendo as duas gares 194 (cento e noventa quatro) e 180 (cento e oitenta) metros de comprimento, ambas com a altura de 55 (cinquenta e cinco) centímetros. Apresenta a classificação "D" da Rede Ferroviária Nacional.
* Só aqui fazem paragem os comboios regionais da operadora "Comboios de Portugal".
Vista pela lateral, na parte virada para as gares.

O nome é esquisito...mas lá está ele, "Mogofores".
Atente-se no símbolo da proprietária da infraestrura,
a "Refer".

Ora cá temos a verdadeira linha de topo...acabaram-se
os carris!

Passagem de uma composição "intercidades" à sua
velocidade máxima permitida, duzentos quilómetros/hora
Até parece que nos arranca do chão!

O ex-libris da estação. Depósito de água, cujas
porta e janela se encontram rebentadas.

Subi ao viaduto pedonal. Vista de norte/sul.

Do mesmo local, mas em sentido inverso!

Ainda do mesmo local, fico à altura do depósito
de água (o ex-libris).

Dá para ver a diferença entre a linha de reserva e a
via de circulação.

Edifício ferroviário na parte voltada para os
cais de embarque.

Perspetiva da longa reta no sentido de norte/sul


Na linha de reserva, o aparelho que serve de
travão para as composições.


Chegada à estação de uma UTE (unidade tripla elétrica)
da série 2240 que aqui faz paragem. 

PK. 244,700 em plena área de embarque.

Cem metros à frente da fotografia anterior, na extremidade
da plataforma. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SOUSELAS!

* "SOUSELAS" é uma freguesia e vila do concelho e distrito de Coimbra, com a área de 14,94 quilómetros/quadrados e, segundo o recenseamento do ano de 2011, com 3092 habitantes, equivalendo, por isso à densidade populacional de 207 habitantes/quilómetro quadrado. Tem como orago o São Tiago Maior.
* Esta localidade ficou conhecida a nível nacional, derivado ao polémico processo de co-incineração, efetuado nos fornos da cimenteira "Cimpor".
* Sobre a origem do nome não existe consenso entre diversos filólogos. JOSÉ LEITE DE VASCONCELOS diz que se trata de um diminutivo medieval de Sousa (antigo Sausa). Parece tratar-se de um apelativo ou antigo nome de língua viva. Há quem relacione o topónimo, com o latim "salsa" (salgada), seja, "terra", "aqua"; tendo neste caso sentido mineralógico, que nos nossos dias, não faz qualquer sentido.
* Outra explicação para o nome tem por base uma referência datada do ano de 919 (início do século X), Portela de Salice. "Salice" deu origem ao diminutivo plural "Salicelas", que se transformou em "Souzellas", pela vocalização de "Sauz". De fato, no documento de doação ao Mosteiro de Santa Maria de Lorvão, no ano de 937, surge a forma "Sausellas". O nome de Souselas poderá estar relacionado com a flora, tendo-se em consideração que "salice" é o nome científico do salgueiro.
* Um dos filhos mais queridos da terra foi ALBERTO DIAS PEREIRA, professor, político militante da 1ª República, lutador antifascista e deputado entre 1919 e 1925.
* A freguesia possui os seguintes lugares, descritos por ordem alfabética:
Lagares, Marmeleira, Pisão dos Canaviais, Ribeiro de Vilela, Santa Luzia, São Martinho do Pinheiro, Sargento-Mor, Souselas (sede) e Zouparia do Monte.
Capela do Senhor do Terreiro

Numa das entradas da freguesia o seu nome escrito
em português arcaico "Souzellas". De notar que a
designação dos arruamentos encontra-se em escrita
sobre azulejos.

Um valente "par de cornos" esperava por nós.
Publicidade à parte no "Zoo Valter Dias" os
irracionais estão protegidos.

Com direito a carro patrulha da GNR. Passagem de nível
devidamente automatizada, cujo pequeno ramal liga a
estação à unidade cimenteira da "Cimpor".

A interface ferroviária localiza-se precisamente no
PK. 225,000 da linha do Norte.