sábado, 19 de janeiro de 2013

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE AVEIRO!

A diferença entre um rodado de via métrica e outro de
via larga.

Gémeas lado a lado. UDD (unidades duplas diesel) da
série 9630 (via métrica) que circulam no Ramal de Aveiro
e Linha do Vouga. São apenas sete unidades e todas
estão no estado que a foto documenta.

Marco quilométrico 272,60 da Linha do Norte, em
pleno cais de embarque.
* A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE AVEIRO", popularmente chamada apenas por "Estação de Aveiro" é uma interface da Linha do Norte, que serve a cidade do mesmo nome. Localiza-se nos pontos quilométricos 34,00 do Ramal de Aveiro (início em Sernada do Vouga) e 272,60 da Linha do Norte (início em Lisboa/Santa Apolónia). O seu acesso é efetuado pelo Largo da Estação.
* Possui cinco vias de circulação, cujos comprimentos variam desde quatrocentos e quarenta (440) a setecentos e sessenta (760) metros, sendo a extensão de todas as gares de trezentos e vinte um (321) metros com a altura de noventa (90) centímetros. Ostenta a classificação "B" da Rede Nacional Ferroviária (Refer).
* Apresenta uma fachada totalmente decorada de azulejos policromados em tons de azuis e amarelos, que representam diversas cenas ferroviárias, naturais, de cultura e atividades tradicionais. O edifício é composto por três partes; a central, de três pisos com três amplas portas ao nível do solo, e dois laterais simétricos, com dois pisos, contendo uma porta e dois postigos de secção retangular. Por este fato, este edifício ferroviário assume-se como um otimo exemplo - a nível regional - do estilo denominado por "Casa Portuguesa".
* O projeto inicial de B. Wattier para a ligação entre as duas principais cidades - Lisboa e Porto - não incluía a construção de uma interface que servisse Aveiro. No entanto, e por influência do então deputado José Estêvão  os planos foram alterados  para que a cidade fosse contemplada. As obras de via e na estação começaram - respetivamente - em Agosto de 1861 e em Janeiro de 1862, sendo a inauguração em 10 de Abril de 1864.
* O pequeno edifício inicial revelou-se, a partir dos começos dos século XX, insuficiente para o crescente movimento na estação, levando a que o mesmo fosse ampliado no ano de 1915. Logo no ano seguinte (1916) a estação foi remodelada, de acordo com a política levada a cabo pela "Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses", que visava decorar as suas gares. Esta intervenção foi efetuada por LICÍNIO PINTO e FRANCISCO PEREIRA que usaram azulejos da Fábrica Fonte Nova. Mas, existem sempre os detratores e, como tal, esta remodelação esteve envolta em forte polémica, devido ao fato do plano original incluir - lado a lado - retratos de José Estevão e Manuel Firmino. Para serenar os ânimos resolveu-se retratar este último e Dom José de Salamanca y Puyol que tinha obtido a concessão das obras de toda a Linha do Norte. 
 * No ano de 1932 foi construido um dormitório para o pessoal em serviço, com capacidade de doze camas e ainda ampliadas as linhas, de forma a facilitar o serviço no Ramal do Canal de São Roque (atualmente extinto).
* Em 1986, a estação foi objeto de nova remodelação, pelas comemorações do septuagésimo quinto aniversário do Ramal de Aveiro (via métrica), que consistiu na colocação de novo painel azulaico assinado pelo artista Breda. Estes azulejos foram fabricados pela empresa aguedense "Fábrica Viçorzette".
* No ano de 2000 houve a colocação de mais dois paineis, agora nas instalações sanitárias, sendo o seu autor F. Lista e a origem dos mesmos a empresa gaiense "Fábrica Artecer".
*  A ligação ferroviária de Alta Velocidade a Aveiro foi objeto de uma discussão no mês de Outubro de 2006, tendo-se concluido ser completamente exequível utilizar esta estação como interface para este tipo de serviço.
No Ramal de Aveiro (via métrica) sinal vermelho aceso,
daí a via se encontrar fechada.

Composição "UME" (unidade múltipla elétrica) da série
3400, que pertence aos "comboios suburbanos do Porto"
e que aqui terminam a sua marcha, no que respeita à
Linha do Norte.

Dresine de via larga e retroescavadora adaptada  para
deslizar sobre carris, sinal de obras na via.

Painel que representa a Ponte sobre o rio Águeda.

Este representa o Castelo de Almourol.

Um trecho da Ria de Aveiro representado em mais um
painel azulaico.

Com melhor perspetiva o material afeto às obras na via.
De notar a adaptação feita na retroescavadora que,
normalmente, anda em rodovias.

Esta dresine é de via  estreita (métrica) e encontra-se
em cima do "cavalo" existente no  centro das linhas
de bitola ibérica. 

Uma composição "intercidades" que por aqui ficou devido
à intempérie. Locomotiva elétrica "Siemens" da série 5600.
(Foi uma destas que ficou destruida no infeliz acidente
de Alfarelos).

Quadriclo a pedal que servia para inspeção da via.
Verifica-se a cobertura com um plástico do selim que
é em couro, devido à violenta descarga de água desse
dia, que me impossibilitou de ir mais longe.

Fachada exterior do edifício ferroviário.
* Ia-me esquecendo de mencionar que nos anos setenta do século passado, esta estação recebia sal expedido de Vila Real de Santo António, Fuseta, Castro Marim e Tavira (todas as localidades no Algarve) no regime de grandes volumes, seja em vagões completos.  







domingo, 13 de janeiro de 2013

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE RÉGUA!

Dresine de via e obras,  que pertence à "Refer".
Esta era de bitola larga. 

Este já tinha interesse...Quadriciclo motorizado que
levava duas pessoas e servia para a fiscalização
de sinais.

Ora a surpresa do dia! Locomotiva a vapor CP-E001
O "E" é de estreita, via métrica. Embora ao ar livre
encontra-se em bom estado de conservação.

Foi construída na Alemanha pela firma "Henschel & Sohn"
em Cassel, no ano de 1922. O número de fabrico foi o
19339.

Outra perspetiva da mesma locomotiva, bem enquadrada
na paisagem. Tem duas rodas motrizes.

Antiga "casinhota" para abrigo do agulheiro

E cá temos o nosso "Páre, Escute e Olhe". Queria que
alguém me dissesse se o transeunte fosse cego e surdo
como faria? É que uma desgraça nunca vem só!
* A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA RÉGUA", que também é conhecida por "Estação do Peso da Régua", é uma interface das Linhas do Corgo (via métrica e hoje extinta) e do Douro, que serve a cidade do Peso da Régua, no distrito de Vila Real, cujo acesso é feito pelo Largo da Estação. Foi inaugurada em 15 de Julho de 1879.
* É constituída por quatro vias de circulação com trezentos e setenta nove (379), quatrocentos e trinta oito (438), trezentos e cinquenta (350) e trezentos e dezanove (319) metros de extensão; as plataformas possuem duzentos e cinquenta cinco (255) e duzentos e dezasseis (216) metros de comprimento, com a altura de trinta e cinco (35) centímetros. Em Outubro de 2004, esta interface detinha a classificação "D" da Rede Ferroviária Nacional, podendo efetuarem-se manobras e abastecimento de gasóleo. Tem, igualmente, um sistema de informação ao público disponibilizado pela mesma "Refer".
A estação é utilizada por serviços de passageiros das categorias "Regional" e "InterRegional" da transportadora "Comboios de Portugal". No entanto, no ano de 1994, chegou a ser servida por composições "Regionais" com a modalidade "Auto-Expresso" (transporte de veículos), neste caso da antecessora "Caminhos de Ferro Portugueses".
* Aquando da sua inauguração era, de forma provisória, a estação terminal da Linha do Douro. O troço seguinte - até ao Ferrão - entrou ao serviço em 04 de Abril de 1880. Por outro lado, a primeira secção da Linha do Corgo - entre Régua e Vila Real - foi aberto à exploração em 12 de Maio de 1906.
Este para sair daqui, só pelo ar, pois barraram-lhe o percurso.
Vagão de abas largas que agora serve de apoio a uma
esplanada.

Aqui se iniciava ou terminava a Linha do Corgo.
Via métrica com quatro linhas. Triste recordação!

Antiga carruagem de passageiros de via métrica. As cores eram
bonitas para a época. Hoje encontra-se ao relento e sem
qualquer proteção.

Antigo furgão de via métrica, para transporte de mercadorias.
Faz publicidade à rota do "Vinho do Porto", mas o seu
estado deixa muito a desejar!

Veículo de socorro de via métrica. Socorro...quem me
acode, pergunta ele?

Outra perspetiva do mesmo furgão fechado, objeto já...
dos artistas de balde e pincel.

Os lavabos da tal carruagem de passageiros. 

Agora, o seu interior. Bancos almofadados e cobertos
com um pano aveludado. Luxo...que hoje vai rareando!

O comboio histórico de via métrica que...esteve condenado
a desaparecer do nosso país. 

As  carruagens de madeira com assentos em pau e que o
integram.

As duas locomotivas estão aptas a funcionar. Temos a
de vapor com três rodas motrizes e a diesel ainda com o
antigo logótipo da CP.

A composição histórica encontra-se resguardada sob
um coberto. Em primeiro plano grua, sem qualquer
utilidade, nos dias de hoje, mas...que felizmente funciona.

Este não terá muito interesse. Quadriciclo a pedais para
inspeção de via. Material histórico.

Lateral do edifício ferroviário

Fachada exterior  do edifício ferroviário na parte virada
para a via pública.
* Assumiu-se como uma interface de elevada importância, devido, essencialmente, ao transporte do Vinho do Porto e à sua posição como ponto de concentração do tráfego ferroviário. 

ENTRE A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA RÊDE E CALDAS DE MOLEDO!

* As "CALDAS DE MOLEDO" situam-se na freguesia de Fontelas, concelho do Peso da Régua (e...por ora) distrito de Vila Real.
* Dizem que as suas águas são mesotermal, ocre, com reação alcalina, carbonatada, fluoretada, sódica e sulfúrica, com uma temperatura de quarenta e cinco graus e um PH de 9,3.
* Terapeuticamente estão indicadas para o tratamento de reumatismo, dermatoses e doenças das vias respiratórias.

Foi desclassificada! Pois desceu de Estação Ferroviária
para simples apeadeiro. Edifício completamente encerrado.
Caldas de Moledo espaço ferroviário.

Ponte ferroviária da Rêde. Linha do Douro. As composições
seguem a direito. Os veículos contornam a obra de arte
e passam sob ela duas vezes num curto espaço de
cento e cinquenta metros. Aqui  o fotógrafo encontra-se
mesmo por debaixo.

Depois de ter feito dois "S" a outra extremidade da ponte
em ferro asssente em pilares de pedra.

Perspetiva da ponte sobre a qual passa a Estrada
Nacional 108 (EN 108) popularmente conhecida
por marginal do Douro. Através desta foto dá
para imaginar as curvas que os veículos têm de
fazer; ou não tivesse a estrada sido projetada por
ingleses (yeS,S,S...)
FONTELAS, como já se disse, é uma freguesia do concelho do Peso da Régua, com a área de 3,34 quilómetros quadrados e segundo os dados do recenseamento do ano de 2011, possui setecentos e oitenta um habitantes, o que perfaz a densidade  populacional de aproximadamente duzentos e trinta quatro habitantes/quilómetro quadrado.