terça-feira, 31 de dezembro de 2013

IGREJA MATRIZ DE VILA DO CONDE

Lateral esquerda, com o pormenor da torre sineira.
Fachada do Museu da Confraria do Santíssimo...e o meu
grato amigo destas andanças, Guilherme Melo.
Um pequeno pormenor da torre sineira, com o senão do
aparcamento automóvel em pleno adro. Note-se a beleza
do trabalhado do candeeiro de iluminação pública.
* De seu verdadeiro nome, "IGREJA MATRIZ DE SÃO JOÃO BAPTISTA" , localiza-se na cidade e concelho e Vila do Conde, distrito portuense. É um dos principais monumentos da cidade e um dos mais significativos em estilo manuelino no país, mostrando elementos de arquitetura gótica e renascentista.
A fachada principal com a torre sineira

* A construção desta matriz veio a substituir uma anterior, e não restam quaisquer vestígios. A sua construção começou no ano de 1496 pelo arquiteto biscaínho João Rainho, seguido pelos colegas Sancho Garcia e Rui Garcia Penagós. Após 1502, ano em que Dom Manuel I de Portugal se hospedou em Vila do Conde - aquando da sua peregrinação a Santiago de Compostela - a coroa passou a financiar a obra. O que primeiro foi acabado foi a cabeceira e a ábside, já em 1506.
* A parte mais significativa da construção decorreu no período 1511 a 1514, agora sob a direção do arquiteto (também biscaínho) João de Castilho. A ele se devem o pórtico, as colunas e os arcos que dividem as naves laterais da central, o coro e a capela-mor, com a sua intrincada abóbada gótica-manuelina. Posteriormente, foram construídas as capelas do transepto e a torre sineira, sendo esta erguida no ano de 1573 por João Lopes (o Moço) em estilo tardo-renascentista ou maneirista.
* Anexo à igreja funciona o Museu da Confraria do Santíssimo, que além de outras obras valiosas, possui a rica custódia que pertenceu ao Convento de Santa Clara, agora ao abandono.
* Pelo exterior, as paredes que formam a nave central e a capela-mor - em toda a sua extensão - estão coroadas por duas ordens de merlões. O portal axial é em estilo manuelino puro, com uma estrutura trilobada com relevos renascentistas e ladeada por pináculos góticos, decorada por um nicho central com a imagem do padroeiro, São João Baptista e o conjunto de brasões da Póvoa de Varzim, Vila do Conde e de Rates de um dos lados, e do patrocinador da obra, o rei Dom Manuel do outro. O portal tem inúmeras semelhanças com o da igreja matriz de Azuaga, na Extremadura espanhola. A grande torre sineira quadrangular impõe-se à frontaria pelo volume e a quase ausência de ornamentação, com exceção do balcão dos balaútres.
* No interior, a igreja apresenta planta em cruz latina com três naves de diferente altura com cobertura de madeira e cabeceira com três capelas, uma de cada lado do transepto. Os tramos da nave são separados por colunas e arcos de volta perfeita. A capela-mor é coberta por uma abóbada com nervuras de feição gótico-manuelina e tem um retábulo barroco de talha dourada, esculpido em 1740, pelo entalhador portuense Manuel Pereira da Costa Noronha. O púlpito e os altares laterais foram esculpidos na primeira metade do século XVIII pelo entalhador João Gomes de Carvalho.
* As capelas do transepto possuem, igualmente, cobertura de abóbadas nervuradas góticas. A capela da direita é dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem e foi construída em 1542 pela comunidade de mareantes de Vila do Conde, sendo forrada por azulejos do século XVII. A capela da esquerda invoca a Nossa Senhora da Assunção e possui uma imagem gótica de São João Baptista. A pia batismal é manuelina.
* As janelas da igreja possuem vitrais modernos, de 1909 executados na cosmopolita Paris. O do janelão mostra uma cena da vida de Cristo e os da nave representam a vida do padroeiro, São João Baptista.

(Extraído parcialmente da base de dados do IGESPAR) 
  
   

ONDE FICA?


* O "AQUEDUTO DE COELHEIRO" prolongava-se desde o lugar homónimo até à Praça do Almada, na cidade e concelho da Póvoa do Varzim, distrito do Porto.
* Foi construído no século XVIII para o abastecimento do tanque da Praça Nova, devido ao crescimento económico e populacional da Póvoa de Varzim, após esta se haver tornado a fonte abastecedora de pescado das províncias do norte do país, na segunda metade de setecentos.
* Foi o corregedor Francisco de Almada e Mendonça (o Almada que deu lugar ao topónimo) o grande mentor da reforma urbanística poveira nessa época, para assim poder responder à Provisão Régia de Dona Maria I de Portugal, em 1791. Abriu-se a praça (que hoje tem o nome de Almada, em honra a este corregedor), rasgou-se nova praça onde passaram a ser realizados os mercados e feiras e construiu-se o aqueduto para levar a água ao centro do novo concelho, que então era denominado por "arcos da agoa publica", isto em 1795.
* Afora o preenchimento da necessidade da falta de água  potável na zona central da urbe, o aqueduto era fundamental para a continuação do processo de expansão urbana. Há quem diga que terá sido o "Aqueduto de Santa Clara" que serviu de inspiração para este, mas não há garantias. A água era colhida na fonte da Bica e conduzida por uma calha (rego) coberta, com pedras encaixadas umas nas outras para a Fonte do Ruivo, onde tinha início o aqueduto.
* Da estrutura original chegou até aos nossos tempos parte significativa, apesar de oculta perto do Bairro da Matriz, onde em tempos foi aproveitado para a execução de muros.
* O aqueduto encontra-se em vias de classificação, sendo que o Plano de Urbanização da Póvoa de Varzim prevê a recuperação do que resta do aqueduto.  

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

AQUEDUTO DE SANTA CLARA

* O "AQUEDUTO DE SANTA CLARA" estende-se entre Terroso, na cidade da Póvoa do Varzim , e o Convento de Santa Clara, já na vizinha cidade de Vila do Conde, ambas do distrito portuense.
* Foi erguido no século XVI, encontrando-se classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1910.
A imponência dos arcos em pedra, contrastando com o
verde da relva. 
Uma das interrupções da arcaria, ao fundo, do
lado direito da foto.

Trata-se de de um aqueduto em estilo românico, em aparelho de pedra. Originalmente possuía 999 arcos; no entanto, nos nossos dias alguns encontram-se destruídos.

domingo, 29 de dezembro de 2013

CAPELA DO SOCORRO

Fotografia tirada de cima do pontão que permite a
passagem pedonal do rio.
* A "CAPELA DO SOCORRO" situa-se perto da foz do rio Ave, no concelho e cidade de Vila do Conde, distrito do Porto.
* A sua construção data de 1559 por iniciativa de Gaspar Manuel, que foi "piloto mor da carreira da Índia, China e Japão" e custeou as obras, possivelmente em cumprimento de um voto a Nossa Senhora do Socorro.
* O templo é de pequenas dimensões, mas singular pelo seu formato e cobertura, em tudo semelhante à de templos orientais por onde terá andado o seu patrono. Esta capelinha é de planta circular e elítica, formada por dois corpos, sendo que o de menores dimensões se encontra orientado para Meca.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CONVENTO DE SANTA CLARA

CONVENTO DE SANTA CLARA


Parte intata do aqueduto de Santa Clara.
A frontaria principal
De um ângulo esquinado!
Vista do aqueduto, notando-se, ao fundo a ausência da
respetiva continuação, concretamente no canal de passagem
dos veículos da "Metro do Porto".
* Este convento localiza-se na cidade de Vila do Conde, distrito do Porto. Foi um convento feminino criado em 1318 e extinto no século XIX. Do primitivo conjunto, resta a magnífica igreja em estilo gótico e parte do edifício conventual, reedficados, parcialmente, no século XVIII.
Uma das laterais. Foto tirada junto do açude.

* O convento terá sido fundado por iniciativa de Dom Afonso Sanches, filho bastardo (ilegítimo) de Dom Dinis I de Portugal e de sua esposa, Dona Teresa Martins. Do edificado ao longo dos séculos, apenas chegaram aos nossos dias, a igreja em estilo gótico, a área residencial - que nos primórdios foi designada como "dormitórios novos" - que foi edificada já no século XVIII, os arcos do antigo claustro com o seu chafariz e o extenso aqueduto - o aqueduto de Santa Clara, em grande parte em ruínas. 
* Na igreja encontram-se alguns túmulos importantes, nomeadamente o de Beatriz de Portugal, filha do beato Dom Nuno Álvares Pereira, o dos Condes de Cantanhede e os dos fundadores. Um dos mais célebres momentos do historial do convento, ocorreu sob a égide da abadessa Dona Isabel de Castro (1518-1543). A reedificação, no ano de 1777, em gosto neopaladiano é do mestre pedreiro Henrique Ventura Lobo, que, também trabalhou na Cadeia do Tribunal da Relação do Porto.  .
* A lenda da Abadessa Berengária e a lenda da Menina do Merendeiro - ambas originárias do Convento - testemunham, por parte das monjas da casa, anseios duma vivência cristã bastante depurada. Após o decreto de extinção das ordens religiosas, em 1834, a vida no convento foi-se apagando lentamente, até chegar ao seu fim, no ano de 1892, com o decesso da última freira.
* Por volta do ano de 1902 as dependências do antigo convento receberam a Casa de Detenção e de Correção do Porto, que, posteriormente, foram o Reformatório de Vila do Conde e a Escola Profissional de Santa Clara, que hoje se conhece como "Centro Educativo de Santa Clara", um estabelecimento de tutela de menores em risco que funcionou até ao ano de 2007.
* Atualmente encontra-se ao abandono, tendo sido já atingido por vários incêndios que danificaram seriamente o seu interior; mesmo apesar de em setembro de 2008 ter sido assinado um contrato entre o Turismo de Portugal e o Grupo Pestana com vista à sua transformação numa Pousada (!?).


A LENDA DA BERENGÁRIA

* É contado por alguns historiadores que, a certa altura no Convento, havia bastante relaxamento na vida religiosa das monjas. Orgulhosas e teimosas, recusavam os trabalhos dando-se a falatórios pouco convenientes e eram, também, pouco zelosas em acorrer à reza nas horas canónicas.
* (...NÃO HAVENDO REGRA SEM EXCEÇÃO), esta estava representada pela irmã Berengária. De origem humilde, cumpridora, imitava os melhores exemplos das passadas Clarissas, não fugindo às tarefas mais pesadas, que executava sempre com redobrado entusiasmo e sentido fraterno.
* Aconteceu que nesse período, a abadessa falecera, havendo necessidade em se eleger a sucessora. Havia muitas interessadas no cargo, que dava, de resto, autoridade e visibilidade social. Quem estava longe desses pensamentos era, sem sombra de dúvida, a solícita Berengária. Na hora da eleição - cada uma das eleitoras - para que as amigas não acedessem ao abadessado, votou de modo que menos pudesse prestar - na Berengária - pensando assim adiar a decisão, entregando o voto a uma tida como incapaz.. Porém, quando a irmã Berengária tomou conhecimento que tinha sido eleita segundo todas as regras, decidiu aceitar o cargo. Não o havia pedido, portanto, também não o recusava.
* As demais monjas mofavam e recusavam-se a obedecer-lhe, afirmando que a votação não teria sido criteriosa. Perante semelhante rebeldia, a nova abadessa foi firme e ousada, ordenando que as suas antecessoras, que ali jaziam, viessem prestar-lhe a homenagem de obediência que as freiras vivas negavam. Eis, senão quando, as abadessas antigas se ergueram das sepulturas e ali se mostraram em atitude respeitosa. O resultado não poderia ser outro, tendo as monjas mostrado arrependimento da sua soberba, acatando a autoridade da nova abadessa.
* A abadessa Berengária é, com efeito, uma figura histórica, tendo estado à frente do convento de 1384 a 1406. Muito embora o milagre que lhe é atribuído, seja uma lenda, a narrativa é de cunho edificante, valorizando virtudes indispensáveis à vida em recolhimento e comunidade, como a dedicação ao trabalho, à oração e, principalmente, à obediência.
* Em 1625, frei Luís dos Anjos recolheu esta lenda no "Jardim de Portugal", remetendo-a a uma versão anterior, em latim. No Convento de Santa Clara essa lenda ´+e evocada numa tábua, por escrito, e numa tela, ambas da segunda parte de Seiscentos.
* O escritor Joaquim Pacheco Neves, em 1980, dramatizou-a, intitulando-a de "A Lenda da Berengária".  

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

RECANTOS DA CIDADE DO PORTO, Á BEIRA RIO!

CANTAREIRA


* Antiga zona portuária da cidade do Porto que se localiza na freguesia de Lordelo do Ouro. Neste sítio encontra-se o "Estaleiro do Ouro" local que serviu de construção e reparação de embarcações de madeira (nomeadamente traineiras) e que se encontra, nos nossos dias, em fase de concurso público para requalificação. Aqui se situa, igualmente, a "Manutenção Militar" e é o único local de travessia de barco  para Vila Nova de Gaia, especificamente para a freguesia da Afurada, cuja concessão está atribuída à sociedade "Catreieiros do Douro.
Carro elétrico da linha 1, a caminho do Infante, passando
em frente ao edifício da "Manutenção Militar".

Emergência em ação no local anterior.
Ao fundo temos o Largo António Calém.

"Atlântida" a remos no antigo porto pesqueiro. 

Grua que desliza sobre carris e que não tem qualquer
utilidade, hoje em dia. Logicamente serviu para a carga
e descarga das embarcações. Pertence à "APDL"-
- Administração dos Portos do Douro e Leixões 

Panorâmica para a outra banda, Vila Nova de Gaia.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CIDADE DE GONDOMAR!

IGREJA MATRIZ DE GONDOMAR


* A "IGREJA MATRIZ DE GONDOMAR" é assim conhecida popularmente e entre os seus próprios habitantes; no entanto a designação correta é "IGREJA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO", ficando situada no Largo da Igreja da ex-freguesia de Gondomar (São Cosme), atualmente "União das freguesias de Gondomar-São Cosme, Jovim e Valbom".
* Começou a ser construída no início do século XVII. Em estilo barroco, é ladeada por uma torre sineira. Na sua fachada destacam-se os nichos das imagens em granito dos seus padroeiros, os santos gémeos Cosme e Damião.
* No interior é de destacar a talha dourada dos retábulos do altar-mor e dos altares laterais, a pintura dos caixotões do teto e a estatuária religiosa com predominância para a imagem da Virgem com o Menino.
A igreja matriz com o cemitério à sua esquerda, parte velha do
mesmo.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

GONDOMAR - RIO DOURO

BARRAGEM DE CRESTUMA-LEVER


* A "BARRAGEM DE CRESTUMA-LEVER está situada no distrito do Porto, na bacia hidrográfica do rio Douro. A sua inauguração deu-se no ano de 1985. Abrange os concelhos de Gondomar (lugar de Esposade,da antiga freguesia da Foz do Sousa) e de Vila Nova de Gaia (freguesias de Crestuma e Lever).
* A sua altura é de 65 metros acima da fundação, com um comprimento de coroamento de 470 metros. A capacidade instalada de produção de energia elétrica é de 108 MW.
* Esta infraestrutura inclui no encontro esquerdo uma eclusa do canal de navegação do Douro, com um comprimento de 90 metros e uma largura de 12, que vence um desnível máximo de 14 metros.
A embarcação turística denominada
de "DOURO QUEEN" dentro da
eclusa, preparando-se para vencer
o desnível.
Atente-se o pormenor da largura da
embarcação ser igual à largura total
da eclusa. Foto tirada do tabuleiro
superior da barragem. 
 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CIDADE DE GONDOMAR

OURIVESARIA

Monumento ao ourives numa das rotundas
centrais da cidade.
* A "OURIVESARIA" é a arte de trabalhar os metais preciosos (essencialmente a prata e o ouro), no fabrico de jóias e ornamentos.
* Esta arte é muito antiga, tendo sido descobertos sítios arqueológicos no mar Egeu, datados de 2500 a.C. nos quais se encontram jóias feitas de ouro. No Egito antigo já se produziam trabalhos altamente detalhados. É uma arte de grande aceitação ao redor do mundo, sendo, na Idade Moderna, profissionais de inegável prestígio perante os reis e toda a sua corte.
* O profissional que realiza este trabalho é o OURIVES. De salientar que esta atividade é - em sua natureza - de cunho artesanal.
* A arte da ourivesaria, bem como outras técnicas artísticas, é realizada através de um determinado processo. O primeiro passo deste processo é o derretimento da pepita de ouro e posterior condensação num bloco. O ourives tem em suas mãos um desses blocos e trabalha-o de forma muito similar ao escultor que recebe um bloco de mármore.
* MARTELAGEM: O artesão ourives utiliza um martelo (ou instrumento similar) para talhar o bloco de ouro, até o mesmo ficar da forma desejada;
* MODELAGEM: É um refinamento da anterior. Com o intuito de conferir melhor forma ao bloco, o ourives, utiliza ferramentas e instrumentos mais rigorosos, como matrizes que estampam partes da peça de uma maneira uniforme, de modo a otimizar o processo de fabrico;
* SOLDAGEM: Na confeção de jóias e outros produtos que resultem desta arte, pode ser necessário soldar elementos componentes do produto. A soldagem, visto tratar-se de peças de pequeno tamanho, é efetuada com instrumentos de precisão;
* REFINAMENTO: Já com a jóia modelada, é chegada a hora da aprimoração da mesma, passando pelo polimento, cravação de pedras e diamantização, tudo isto para valorizar a jóia.
Gondomar é a cidade capital da ourivesaria, como se pode
ler.

NOTA DO AUTOR: Não confundir a arte com a palavra homónima que pretende significar o estabelecimento onde são vendidas as jóias e outros artefatos de prata e ouro.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A PÉ OU A CAMINHAR...

PONTE DO FREIXO


* A "PONTE DO FREIXO" é uma das seis pontes que ligam as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, atravessando o rio Douro. É rodoviária.
* Das pontes que ligam as duas cidades, está é a que está mais a montante do rio Douro, cruzando a autoestrada 20 (A20), o itinerário principal 1 (IP1) e a Estrada Nacional 1 (E01). Foi projetada pelo Professor ANTÓNIO José Luís dos REIS, sendo construída na tentativa de minimizar os congestionamentos no tráfego automóvel que, diariamente, acontecem nas Pontes da Arrábida e de Luiz I, em especial desde finais da década de 1980.
* Efetivamente, trata-se de duas pontes construídas lado a lado, afastadas 10 centímetros uma da outra. A ponte tem oito vãos, o principal com 150 metros e é de cariz rodoviário, como já se disse. Possui oito vias de circulação - quatro em cada sentido - mas com um tabuleiro a cotas inferiores à de todas as restantes pontes que ligam as duas cidades vizinhas.
* A "Ponte do Freixo" foi inaugurada em setembro de 1995 pela então Junta Autónoma das Estradas (JAE).
* Em média e por dia ela é usada por 95 mil carros, considerando todas as categorias.
(Fotografia do acervo do autor)
    

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013, 2ª FASE, CAPÍTULO III

SANTUÁRIO DE SÃO TORCATO


O "SANTUÁRIO DE SÃO TORCATO" localiza-se no vale central da freguesia vimaranense homónima, desenvolvendo-se à sua volta toda a povoação.
* O templo é de estilo híbrido, tendo elementos clássicos, góticos, renascentistas e românicos; encontrando-se todo construído em cantaria de pedra de granito da região, considerando-se uma obra prima do neomanuelino. A construção ter-se-á iniciado em 1871, prolongando-se até aos dias de hoje (!) O gosto eclético nasce dentro do contexto da época, com predomínio de elementos decorativos  neo-românicos. As suas dimensões são deveras consideráveis.
* A fachada é constituída por duas torres e um corpo central. Em planta, o templo tem a forma de cruz latina. No seu interior encontra-se o corpo incorruto de São Torcato.
* No exterior do Santuário, existe um adro que possui no fundo - de frente para o Santuário - um parque enfeitado com frondosas tileiras e plátanos. Para se aceder a este Parque (a população chama-o de Parque do Mosteiro), utiliza-se uma enorme escadaria, que dá ligação ao templo. No mesmo parque pode-se encontrar dois coretos e duas grandes fontes de água.
Frontaria! Magnífico...

Enquanto Presidente da República, o Doutor Mário Soares
dignou-se fazer uma visita ao Santuário.

Outra homenagem...

O antigo Chefe de Estado, contra-almirante Américo de Deus
Rodrigues Thomaz também marcou presença.

Com uma venerada vénia...a sacristia!

Uma das torres fura por entre o arvoredo!

Vista parcial da parte lateral, vendo-se dois dos quatro
relógios existentes.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013 - 2ª FASE, CAPÍTULO II

F A F E 

* "FAFE" é uma cidade portuguesa que pertence ao distrito de Braga, cuja área é de 219,08 quilómetros quadrados, com uma população residente - pelo recenseamento de 2011 - de 50633 habitantes e tem como orago a Nossa Senhora de Antime. Em relação ao anterior recenseamento populacional - ano de 2001 - houve um decréscimo de população de 3,4%. O concelho encontra-se dividido em 24 freguesias, sendo limitado a norte pelos municípios de Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho,  a leste por Cabeceiras e Celorico de Basto, a sul por Felgueiras e a oeste por Guimarães.
* Desde a sua fundação, no ano de 1513 e até 1840 o concelho designava-se por MONTELONGO ou MONTE LONGO.
* A sua elevação a cidade aconteceu em 23 de agosto de 1986, sendo que a elevação a vila se havia dado em 1840. Uma das suas freguesias tem o estatuto de vila desde 12 de junho de 2009 - São Romão de Arões.
* Na pleinitude da linha férrea de Guimarães, o concelho dispunha de uma estação onde se efetuavam despachos de grande e pequena velocidade. Os seus habitantes são conhecidos por "fafenses".
Antigo cais de mercadorias que hoje funciona como
oficina.

O antigo edifício ferroviário na parte voltada para a via
pública.

A antiga infraestrutura está agora ocupada pela "Indáqua",
empresa pública de abastecimento de água ao concelho.
A conservação é excelente...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013 - SEGUNDA FASE!

QUEIMADELA


* "Queimadela" é uma localidade do concelho de Fafe, com a área de 10,27 quilómetros/quadrados e uma população residente - recenseamento de 2011 - de 490 habitantes, daqui resultando uma densidade populacional de 47,70 habitantes/quilómetro quadrado. Tem como orago o São Pedro.
* Foi sede de uma freguesia extinta no ano em curso, no âmbito de uma profunda reforma administrativa nacional, para em conjunto com a também extinta freguesia do Monte, formar a atual freguesia designada por "União das freguesias do Monte e Queimadela".
* Os lugares que a compõem são: Ameixedo, Argande, Assento, Cabanas, Calcões, Cheda, Igreja, Pondres, Pontido, Repulo, Ribeiras, Santa Cruz e Vila Franca.
* Na sua área geográfica situa-se a "Barragem da Queimadela" no rio Vizela, anexa à qual existe uma praia fluvial vigiada das 10 às 17h00, diariamente, durante o período estival. Tem também um parque de campismo bastante frequentado, essencialmente nesta época.
Parte da albufeira que se forma no local..

Pequeno cais para amarração dos caiaques que podem
navegar neste troço.

Outro aspeto da albufeira de águas límpidas.

Vista parcial da praia fluvial.

NA.: Não confundir com a freguesia homónima do concelho de Armamar, no distrito de Viseu, pois Fafe é do distrito de Braga e também nada tem a haver com a sensação do contato de um objeto a ferver com o corpo humano.

sábado, 17 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013 - PARTE XIV

Brasão de armas de Foz do Arelho
Brasão da vila

Foz do Arelho: vista da praia.
Fotografia mostrando uma vista parcial da praia

FOZ DO ARELHO


* A "FOZ DO ARELHO" é uma vila e freguesia  do concelho das Caldas da Rainha, com a área de 9,62 quilómetros quadrados e com uma população residente - recenseamento de 2011 - de 1339 habitantes, o que equivale a uma densidade populacional de cerca de 139 habitantes/quilómetro quadrado. Tem como orago a Nossa Senhora da Conceição.
* A sua fundação data de julho de 1919, conforme a Lei número 839; tendo sido elevada à categoria de vila em 12 de junho de 2009.
* É deveras conhecida como destino de férias de Verão, visto ter praias não somente viradas para o oceano Atlântico, mas também na orla da Lagoa de Óbidos.
* A ocupação do sítio remonta a um povoado piscatório da paróquia da Serra do Bouro. Com a criação das freguesias manteve-se como povoado daquela freguesia, da qual foi desanexada no ano de 1919.
* É impossível falar de uma história sobre esta localidade, sem falar da Lagoa de Óbidos, à qual está - e sempre estará - intimamente ligada.  Essa ligação é, praticamente visceral, começando por ser na Lagoa que o povoado ganhou pelo menos parte do seu nome, por se encontrar na foz de um rio; porém não existe qualquer rio Arelho, fato de não deixa de ser intrigante.
* Um dos fluxos populacionais que marcou a freguesia foi o da "instalação" dos retornados das ex-colónias, pós 25 de Abril.
* Uma das referências históricas da povoação é a QUINTA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, do século XVI, no centro histórico, em torno da qual a mesma se foi desenvolvendo. Nela, hoje, lá funcionam as instalações do "Inatel", com uma das maiores unidades hoteleiras do país, resultantes de um completa remodelação do palácio original.
* Figuras ilustres fizeram desta terra, local de veraneio, como FRANCISCO DE ALMEIDA GRANDELLA (o fundador dos grandes armazéns homónimos em Lisboa, destruídos no incêndio do Chiado); JOÃO SOARES (renomado pedagogo que aqui fez a estância de férias do Colégio Moderno); o VISCONDE DE MORAES; O VISCONDE DE ALMEIDA ARAUJO (Joaquim Palhares de Almeida Araujo, também visconde) e o próprio rei Dom CARLOS I.    

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013 - PARTE XIII

Embarcação de pesca artesanal. Esta encontra-se numa
rotunda em frente à praia, mas é do mesmo tipo das que
ainda labutam no mar.

Os pequenos acidentes pesqueiros. Nas redes vieram doze
golfinhos; quatro dos quais não sobreviveram. Embora
perdendo o peixe, os restantes oito foram salvos e
levados para alto mar.

Bem...não sei a quem contemplar! A viatura? A bela?
Talvez todo o conjunto!

PRAIA DE MIRA


* A "PRAIA DE MIRA" é uma vila e freguesia do concelho de Mira, com a área de 39,82 quilómetros quadrados e 3147 habitantes - recenseamento de 2011 - o que perfaz a densidade populacional de 79 habitantes/quilómetro quadrado.
* Esta praia é a única praia do Mundo com a "bandeira azul" durante mais de 25 anos consecutivos.
* Tem como orago a Nossa Senhora da Conceição.
* Uma das mais conhecidas referências de "Palheiros de Mira", data de 1875 que ao referir-se à sede do concelho diz que "está distante 6 quilómetros do oceano, tem estrada para palheiros de Mira, na praia do Mar e onde quase todos os habitantes são pescadores".
* Em meados dos anos 50 do século passado haviam mais de 600 construções em madeira. A grande originalidade deste aglomerado piscatório ou agrícola era ...isso mesmo, a sua arquitetura de madeira que - sem ser exclusiva da região completamente desprovida de pedra e com abundância de pinhais - adquiriu aqui a sua expressão mais pura, porque as casas chegavam a atingir dois e três andares, com dimensões não encontradas em outras praias, o que aconteceu até finais dos anos 60. A própria capela ainda existente junto ao mar, é de madeira, pintada de  azul e branco, sendo um dos principais "ex-libris" desta povoação.  

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013 - PARTE XII

Ó B I D O S


* "ÓBIDOS" é uma vila e sede do concelho homónimo que pertence ao distrito de Leiria. Possui de área 142,17 quilómetros/quadrados, com 11772 habitantes, segundo o recenseamento de 2011, o que dá a densidade populacional de cerca de 83 habitantes/quilómetro quadrado. Tem como orago a Santa Maria. A fundação deste concelho data de 1195, sendo o gentílico "Obidense". O concelho abrange nove freguesias a saber: A-dos-Negros, Amoreira, Gaeiras, Olho Marinho, Santa Maria, São Pedro, Sobral da Lagoa, Usseira e Vau.
Uma das entradas na vila, com as muralhas em fundo

* O município é delimitado a nordeste e leste pelo município das Caldas da Rainha, a sul pelo concelho do Bombarral, a sudoeste pela autarquia da Lourinhã, a oeste por Peniche e a noroeste tem costa no oceano Atlântico.
* Ao invés do que se poderá pensar, a denominação "Óbidos" nada terá a haver com a parónima "óbitos", derivando sim, do termo latino "oppidum" que significa "cidadela", "cidade fortificada". Nas suas proximidades erguia-se a povoação romana com o estranho nome de "Eburobrittium"
* Foi tomada aos Mouros no ano de 1148, recebendo a primeira carta de foral em 1195, no reinado de Dom Sancho I. Óbidos fez parte do dote de inúmeras rainhas, das quais, Urraca de Castela (esposa de Dom Afonso II), Rainha Santa Isabel (esposa de Dom Dinis), Filipa de Lencastre (esposa de Dom João I), Leonor de Aragão (esposa de Dom Duarte), Leonor de Portugal (esposa de Dom João II), entre outras.
* A área amuralhada corresponde sensivelmente a 14,5 hectares.
* Foi de Óbidos que nasceu o concelho das Caldas da Rainha, que anteriormente se denominava por Caldas de Óbidos. A mudança do determinativo ficou a dever-se às longas temporadas que aí passava a Rainha Dona Leonor.
* A 16 de fevereiro de 2007, o castelo da vila recebeu o diploma de candidata como uma das sete maravilhas de Portugal.
Os medievos permitem ou não a passagem...

Grande parte das travessas e ruelas são
em escadas de pedra. Vila deveras florida!

Este tipo deve ter a mania que é famoso...
Aparece em todas as frentes, chiça!

Loja de artesanato diverso.

O meio de transporte mais usual dentro da vila...só existe
um "grande" senão! Não estão habituados a usar os "wc."  

Não, não é o Dom Ramiro...mas a frase é dele! 

Do alto das muralhas...creio ser a linha do oeste!

De outro ângulo a mesma linha ferroviária.

Igreja matriz integrada nas muralhas.

As crianças divertem-se...

A donzela brinca...