quarta-feira, 24 de abril de 2013

MUSEU NACIONAL FERROVIÁRIO!

* O Museu Nacional Ferroviário, que adotou como patrono um ilustre percursor , Engenheiro  Armando Ginestal Monteiro, pretende dar a conhecer o passado, o presente e o futuro dos caminhos de ferro portugueses, indo à busca da história da tecnologia e ciência, bem como das mentalidades e economia que envolvem esta realidade ferroviária.
* Por outro lado, preocupa-se em apresentar as propostas de vanguarda, futuras soluções da ferrovia. É um museu de história e ciência, um museu vivo, em permanente atualização.
* Funciona no Complexo Ferroviário do Entroncamento, funcionando de terça a domingo das 14,00 às 17h30, sendo a visita acompanhada na Rotunda das Locomotivas às 14,00, 15,00, 16,00 e 17h00; podendo os bilhetes serem adquiridos na entrada do Museu. Para sessões fotográficas deverá ser solicitada a prévia autorização, visto que o material exposto não é público.

(Retirado da brochura "Entroncamento-Guia Turístico" edição da autarquia e que me foi amavelmente ofertado pela respetiva Junta (Posto) de Turismo.)
Locomotiva a vapor CP 003.
Esta série 1 a 4, até 1931 e depois 001 a 004; foi adquirida
pela "Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses";
destinando-se apenas aos serviços de construção de via e
manobras. Serviram em todas as estações da Grande Lisboa,
Entroncamento e Porto/Contumil. A série tinha como
alcunha "As Ratinhas".


Antiga carruagem de passageiros que foi transformada
em "Serviços Clínicos" ambulantes ao pessoal acidentado. 

Locotrator da série "1150", o número 1184, da marca
"Sentinel" e cujo motor era de fabrico "Rolls Royce".
Só foram retirados do serviço no ano de 2008.

Veículo motorizado de inspeção à via (Quadriciclo).

Quadriciclo a pedal,  com travão manual às quatro rodas.
Serviam para inspeção de pontes e via.

Locomotiva a vapor CP 042, de três rodas motrizes e que
não necessitava de tender.
(Série MD 81 e 82, até 1931, depois CPMD 2081 e 2082,
até 1952 e posteriormente CP 041 e 042). Foram fabricadas
na Bélgica em 19087, vindo a ser adquiridas pelos "Caminhos
de Ferro do Estado" para circularem nas linhas do Minho e
Douro, que possuiam um troço comum até Ermesinde,
inaugurado no ano de 1872. Em 20 de Maio de 1875, o
primeiro comboio chega a Braga,  levando a bordo o Rei
Dom Luiz e a Rainha Dona Maria Pia.
 Destinavam-se a comboios de passageiros entre o
Porto e Braga ou entre o Porto e Penafiel; tendo chegado a
efetuar comboios transvia entre o Porto e Aveiro.
Esta série apenas foi retirada do serviço no ano de
1976.  

Locomotiva a diesel número 1311.
(Esta série de início, DE201 a 212 e depois 1301 a 1312).
Foram fabricadas nos Estados Unidos da América pela
empresa "The Whitcomb Locomotive Company of Rochelle".
Entraram ao serviço da CP,  no ano de 1952, destinando a serviços
mistos (passageiros/mercadorias). Logo de início foram
usadas nas linhas do Norte e Oeste,  depois transitaram para
a Linha da Beira Baixa,. finalizando na zona sul do país.
Esta série tracionou as composições "Sud Espresso"
e "Lusitânia Expresso"; estiveram afetas aos depósitos
de Campolide (Lisboa), Entroncamento, Pampilhosa e Barreiro.
Toda a série foi abatida ao serviço em 1987.  

Locomotiva a diesel 1501.
(A série de início foi DE101 a 106 e DE1101 a 1106, até 1952,
posteriormente 1501 a 1512.)
Foram fabricadas nos Estados Unidos da América pela
empresa "Alco-American Locomotive Company" em 1949.
Foram, igualmente, as primeiras locomotivas a diesel de
grande linha que equiparam a empresa "Caminhos de
Ferro Portugueses". Vieram substituir as locomotivas
a vapor que faziam o percurso entre Lisboa e Vila Nova
de Gaia (Linha do Norte), cujo percurso era feito em
04h50. Prestaram também bons serviços nas Linhas
da Beira Alta, rebocando composições "sud expresso"
e "ibérica expresso" ou comboios de mercadorias de marcha
acelerada nas linhas do Norte e do Oeste.
Passaram depois da eletrificação destas linhas para a região sul
onde fizeram o "comboio sotavento algarvio". No fim da sua vida
útil ainda se encontravam a fazer composições transvias entre
o Barreiro e as Praias do Sado e comboios pesados de
mercadorias.    




Locomotiva a vapor CP 070, de três rodas motrizes e
que não usava tender.

(FIM)

"texasselvagem"


terça-feira, 23 de abril de 2013

ROTUNDA DE LOCOMOTIVAS!

Edifício recentemente reinterpretado onde está exposto algum material circulante, é o elemento mais caraterístico do Depósito a Vapor, uma estrutura que servia para recolha do material circulante.
* Esta é uma interpretação da antiga "cocheira das locomotivas", de forma concêntrica, que aqui existiu noutros tempos, acabando por ser implodida pela CP no ano de 1976, com a ajuda da Engenharia Militar e três cargas de dinamite, tal a resistência do edificado. Na gíria ferroviária este edifício é, muitas vezes, tratado por "Redonda".
*  A nova Rotunda serve agora de espaço expositivo para algum material circulante, que não só locomotivas a vapor. Aqui pode ser apreciado outro tipo de material circulante com outras fontes de energia, para além de algumas carruagens.
(Retirado do Entroncamento, Guia Turístico, edição da autarquia, cujo exemplar me foi ofertado pela Junta do Turismo)
Locomotiva a vapor CP 005, de duas rodas motrizes.

Locomotiva a vapor CP 754 e respetivo tender.
(Série MD 101 a 116, até 1931; depois CPMD
2701 a 2716, até 152 e finalmente 751 a 766).
Foi construida na Alemanha pela casa
"Berliner Maschinenbau" no ano de 1914 e
adquirida pela "Companhia Caminhos de Ferro
do Estado para ser usada nas Linhas do Douro
e Minho, onde rebocavam pesados comboios de
mercadorias. Pertenciam aos depósitos de Porto/
/Campanhã e Contumil e ao da Régua.
Apenas foram abatidas ao serviço no ano de 1972.   

Cabina de condução da locomotiva elétrica modelo L-302.

Pertenceram à Sociedade Estoril, como se depreende
pelo logótipo.

Esta série foi construida na Alemanha pela casa "AEG",
no ano de 1924. Foi adquirida pela "Sociedade Estoril"
para inaugurarem a eletrrificação da Linha Cais do Soidré (lisboa) a Cascais
de voltagem 1500. Foi reconstruida em 1950, pela empresa portuguesa
"sorefame" e batizada com o nome "Celeste" por ser da mesma série
da L301, logo irmã da Amália. São as locomotivas mais
antigas, elétricas, que existiram em Portugal.

Outra perspectiva da locomotiva a vapor CP 005 e a sua
cabina de condução.

Foi construida em Seraing, na Bélgica, no ano de 1901
pela Sociedade Anónima John Cockerill, com o número
de fabrico 2342.


(continua)

domingo, 21 de abril de 2013

ENTRONCAMENTO - 39º 28' 08º 28' 0

* Situado no Vale do Tejo, o Entroncamento possui uma área de catorze quilómetros quadrados e vinte mil, oitocentos e noventa seis habitantes, com uma localização privilegiada constitui um dos principais corredores rodo ferroviários do País.
* É uma cidade pertencente ao distrito (por ora) de Santarém, na região Centro e sub-região do Médio Tejo.
* O Entroncamento nasceu em meados do século XIX - com os alvores da construção ferroviária - começando por ser um singela estação. Por perto existiam dois lugares, o CASAL DAS VAGINHAS e o CASAL DAS GOUVEIAS, onde se vieram a estabelecer os primeiros trabalhadores, sendo que a mão de obra veio de diversos pontos do país, sobretudo da Beira Baixa e Alentejo.
* O seu nome deriva do entroncamento ferroviário que se formou com a junção das linhas do Norte e do Leste, cerca de 1864.
* A estação do Entroncamento foi, durante décadas, ponto de paragem obrigatória para quem mudava da Linha do Norte para a do Leste e vice-versa.
* Poder-se-á considerar que o Entroncamento teve um crescimento muito rápido, tendo sido elevado a freguesia no ano de 1926, a vila em 1935; sendo no ano de 1945 promovido a concelho e, finalmente, em 1991 foi elevado a cidade.
* Tem duas freguesias, a de São João Batista e a de Nossa Senhora de Fátima. No meio de todas aquelas datas, o percurso foi de emancipação progressiva dos concelhos a que havia pertencido.
* Nos nossos dias, assume-se como Cidade Ferroviária por excelência.
(Retirado do Guia Turístico editado pela autarquia e que me foi amavelmente oferecido pela Junta de Turismo.)
O tender "20-103" devidamente recuperado e prestes a
funcionar

Locotrator da série "1050" (o número 1056) e uma carruagem
"Schindler" que aguardam vez de serem restauradas.
Outra das fotos que a minha "guia" museológica
embirrou...e...empatamos, eu também! 

A locomotiva a vapor "553" nos retoques finais para
poder circular.

Nova fotografia problemática. Carruagem cama da antiga
composição "sud expresso".

Aqui estremeceu o São João Batista. Dresine de inspeção
de pontes a aguardar a sua total recuperação.

Três gerações de material motor. Uma automotora "Nohab",
uma locomotiva da série "1200", ambas a diesel e uma
elétrica da série 2550

Vagão cimenteiro da série "Uacks", de bogies duplos.

Vagão fechado da série "His", para transporte de
 mercadorias a granel.

Vagões cerealíferos "Tdgs" e para transporte de
inertos da série "Us".

Ninguém me mandou meter por atalhos... Esta está bem
escondida; mas o seu estado arrepia! 

Vagão cisterna com a indicação de "museu" pelo que
irá ser remodelado, na primeira oportunidade.

Pronto...temos a "tal" locomotiva a vapor e o respetivo
tender acoplado que definharam...nem todas podem
ser princesas! 

Vagão fechado, pertencente à operador "Tejo Energia".

Estes vagões são da série "Uaoos" e servem para
o transporte de carvão mineral.

A locomotiva elétrica da marca "Siemens" da série "4700",
a número 4702, no seu intervalo para almoço.

Curioso! Estas casas contentores costumavam andar
em, cima de vagões plataforma. Esta serve como armazém
(fixo) de materiais. Note-se o logótipo da ferroviária "CP".  

Claro pessoal, estou de fato, em plena via. Mas tinha o
colete refetor vestido e estava superiormente autorizado.
Duas composições gémeas da série "2240", Na cabina
de uma delas faltam os linhas transversais.

Caiu o Carmo...Que me interessa a mim, esta fotografia?
Foi a questão posta por alguém do museu que,
francamente, me ia estragando o dia! Furgão metálico
e uma grua que desliza pelos carris, quando empurrada.
Em altura oportuna, é material para recuperar!

Não sou mentiroso...estive presente!

Aprendi que o feminino de "homem" é "mulher".
O masculino de "senhora" é "senhor" Cappice? 

Fónix! Complicado...ora vamos lá a ver se sai tudo!
CP-COMBOIOS DE PORTUGAL-Gestão da Linha de Leste,
Beira Baixa e Ramal de Tomar. Serviço Regional!

Edifício ferroviário na parte voltada para os cais de
embarque, no sentido da Linha de Leste e Ramal de
Tomar.

Edifício das bilheteiras, das informações e do "multibanco",
parte voltada para o cais de embarque.

No edifício do antigo dormitório, funciona agora o
destacamento do Entroncamento da Brigada Fiscal
da GNR (Guarda Nacional Republicana)

Neste edifício que integrava o bairro ferroviário, irá
funcionar o centro de documentação e informática do
Museu Nacional Ferroviário.

Já foi uma rotunda giratória; agora é apenas uma
recordação, mas protegida.

Como o "Carmo" já se tinha desmoronado...agora foi a
"Trindade". Sinceramente não percebi a razão da
"pseudo" guia ferroviária ficar tão aborrecida por
ter feito estas fotos, depois de ter assinado um
compromisso de honra de que não era ligado a
algum mídia. Dresine DP-3 (divisão de pontes).

São vagões e carruagens ardidas. Mas eu estava na via
pública...o muro podia ser mais alto e eu já não via.

Pois tive de parar! As instalações da "EMEF" estavam
fechadas e achei que não devia abusar da tolerância do chefe da estação
Numa cidade ferroviária, nada melhor do que aproveitar
o que sobra. Rotunda coberta com carris assentes em
travessas de madeira. 



Vila Deolinda! Coitada, se ela estiver neste caso, não
irá durar muito... 

Como se faz, se a pessoa fôr surda e invisual?

O semáforo está verde; por isso atravessei.

Composição da série 4000, elétrica (alfa pendular) que
atravessa a estação a sibilar pois é "non stop".

Fachada voltada para a via pública do edifício
destinado às bilheteiras e informações.

(continua)