sexta-feira, 31 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
ENGRAXADOR!
terça-feira, 28 de maio de 2013
ARDINA!
(Monumento em bronze, homenageando uma profissão que desapareceu, irremediavelmente. Localiza-se na Praça da Liberdade, na cidade do Porto. A fotografia pertence ao autor). |
* "ARDINA" era um vendedor de jornais nas ruas e que ia apregoando as notícias para chamar a atenção dos possíveis interessados. Foi sempre uma figura muito retratada pelos artistas de revista e teatro à portuguesa, tornando-se muito popular pela sua exposição pública.
* Os seus inícios perdem-se no tempo e remetem-nos à "novidade" (notícia) que corria de boca em boca. Não existe qualquer semelhança entre os atuais distribuidores de jornais gratuitos e a figura do ardina; até porque os primeiros são pagos para isso e os segundos recebiam consoante o número de jornais vendidos.
* Ultrapassados pela proliferação de quiosques, livrarias e outros meios de distribuição, eles desapareceram, completamente, do cotidiano das grandes urbes, podendo-se afirmar - sem grande margem de erro - que a profissão foi extinta.
Gondomar, Maio.2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
MONUMENTO A DOM PEDRO IV!
* O "MONUMENTO A DOM PEDRO IV" localiza-se na Praça da Liberdade, na cidade do Porto.
* Trata-se de uma estátua equestre da autoria do escultor francês Célestin Anatole Calmels. A sua primeira pedra foi colocada em 09 de Julho de 1862, tendo sido inaugurada em 19 de Outubro de 1866. Tem dez metros de altura e cinco toneladas de bronze.
* A estátua em bronze apresenta Dom Pedro IV vestido com a farda de caçadores 54 e sobre ela uma placa - sobrecasaca - que era o seu traje habitual. Na mão direita segura a Carta Constitucional de 1826, enquanto que com a esquerda segura as rédeas da cavalgadura.
* No pedestal são representadas duas cenas da vida daquele soberano, em dois baixos relevos. Inicialmente, os baixos relevos eram de mármore de Carrara, sendo substituídos mais tarde por outros em bronze. Estes acabaram roubados no ano de 2007, ano em que a estátua foi recuperada no âmbito do programa "Porto com Pinta". Aquando da retirada da tela publicitária que envolvia o monumento, constatou-se a falta das placas. Recorrendo-se a fotos dos originais, foi possível fazer as duas réplicas que foram recolocadas em Março de 2008.
* Um dos baixos relevos alude ao desembarque na praia do Mindelo (Matosinhos) onde se nota Dom Pedro IV a entregar a bandeira a Thomaz de Mello Breyner (grafia à época). O outro mostra a entrega do coração de Dom Pedro à cidade do Porto; este encontra-se na Igreja da Lapa.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
SANTUÁRIO DE SANTA LUZIA
A imponência da fachada de entrada |
Movimento marítimo no porto fluvial e visto do cimo do escadório. Atrás do cargueiro, um rebocador que o irá auxiliar nas manobras de atracação. |
Fachadas laterais do santuário |
Vamos começar a subida...primeiro do escadório, depois até ao zimbório. |
Já no zimbório, os sinos encontram-se protegidos por vidraças. |
Da parte mais alta do santuário, vista parcial sobre a cidade e a freguesia de Darque. Encontro do rio Lima com o oceano atlãntico. |
Os franceses bem no alto. Ela é minha tia. |
Fachada principal da Pousada de Santa Luzia. |
Ainda no cume do santuário, o cincerone e os convidados |
Residência paroquial |
Dai de beber a quem tem sede! |
Lixei-te...Fotografei enquanto bebias...foi a minha pequena vingança! |
Memorial ad perpetuum! |
Os anfitriões...ou os figurões? |
Dentro do museu o primeiro sino colocado no Santuário. Falta-lhe o badalo... |
* O "SANTUÁRIO DE SANTA LUZIA" é o nome abreviado e o que é popularmente conhecido do "Santuário do Monte de Santa Luzia", mas que eclesiásticamente é a "Basílica de Santa Luzia", "Templo de Santa Luzia" ou ainda "Templo do Sagrado Coração de Jesus". Situa-se no alto do monte homónimo, freguesia de Santa Maria Maior, da cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo. Sendo um dos ex-libris da cidade, do seu local descortina-se uma vista ímpar da região que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale e todo o complexo montanhoso envolvente; panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geografic(?)
* A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do padre António Martins Carneiro, com um projeto do arquiteto Miguel Ventura Terra.
* A última etapa da sua construção, já sob a direção do arquiteto Miguel Nogueira Júnior - a partir de 1925 - é considerada como inspirada na Basílica francesa do Sacré Coeur. Os trabalhos de cantaria em granito são da responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima. Embora tenha aberto ao culto no ano de 1926, os trabalhos prolongaram-se até 1943. Desde o ano de 1923 que o santuário é servido pelo Elevador de Santa Luzia.
* O Santuário inclui, ainda, o "Núcleo Museológico do Templo-Monumento de Santa Luzia", constituído por uma sala na parte inferior da basílica, sendo o acervo constituído por talha, imagens, azulejos, o primeiro sino e outros.
* O templo apresenta planta na forma de cruz grega, com elementos em estilo neoromântico, neogótico e bizantino. No seu zimbório, uma varanda permite, em dias claros (como foi o dia em que por lá andamos), ver um amplo panorama da região, até Ponte de Lima.
* Em termos artísticos, os vitrais das rosáceas foram executados em Lisboa, na oficina de Ricardo Leone. O afresco que apresenta a Via-Sacra e a Ascenção de Cristo, na cúpula, é da autoria de M. Pereira da Silva. Os dois querubins no altar-mor são da autoria do escultor Leopoldo de Almeida, tendo sido executados em mármore de Vila Viçosa pelos mestres canteiros Emídio e Albino Lima.
* Na entrada do templo realça uma estátua do Sagrado Coração de Jesus - em bronze - da autoria do escultor Aleixo Queiroz Ribeiro, que data de 1898.
* O seu carrilhão é composto por 26 (vinte e seis) sinos.
(Texto baseado em publicação fornecida ao autor pelo departamento de Turismo da Autarquia, a quem apresento reconhecidos agradecimentos.)
quinta-feira, 23 de maio de 2013
SANTUÁRIO DA PENHA!
Para os circuitos turísticos... |
Homenagem aos pioneiros da aviação civil em Portugal! |
Alto lá! Pessoal a sair de uma gruta. |
Chama-se a isto ver...Braga por um canudo! |
No interior de uma gruta, a Nossa Senhora do Carmo. |
Escavada numa outra gruta, a imagem de Santo Elias, padroeiro do sono. O autor faz-lhe uma pequena prece, só não sei se é para ter mais ou menos sono! |
Azulejos para todos os gostos e com algumas frases complicadas. Recuerdos...souvenirs. |
A locomotiva que traciona três carruagens, roda sobre paralelos e buzina com uma autêntica CP-E001! |
Palco para espetáculos ou missas ao ar livre |
Os turistas estão a observar se o calhau se mantem direito... Homenagem a Sacadura Cabral e Gago Coutinho. |
No interior do santuário, enfeites florais. |
Os veraneantes na esplanada. De boné, Monsieu André Gruchet, cinco vezes vencedor da Volta à França em bicicleta. |
* As obras iniciaram-se em 06 de Agosto de 1930, segundo o projeto do Arquiteto (José) Marques da Silva.
* O Santuário é uma obra construída quase toda em granito da própria região, com a finalidade de esta se integrar no ambiente que a rodeia. As suas linhas - modernas na época - não seguem as formas tradicionais, sendo sempre linhas retas, estando integrada no estilo "Art Deco" da década de 1930.
* Sofreu um incêndio em 13 de Fevereiro de 1939 onde foram destruídas a imagem de Nossa Senhora da Conceição e a talha que formava e guarnecia o Altar-Mor, o que contribuiu para o atraso na sua conclusão..
* A inauguração foi efetuada em 14 de Setembro de 1947 sem a presença do seu mentor, o arquiteto Marques da Silva que havia falecido três meses antes.
NB: Todas as fotos são pertença do autor, sendo o texto escrito com base numa brochura fornecida pelo Santuário.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
MURALHAS FERNANDINAS DO PORTO!
"MURALHAS FERNANDINAS" é o nome pelo qual ficou conhecida a cintura medieval de muralhas do Porto, da qual apenas pequenas partes sobreviveram até aos dias atuais.
"CERCA NOVA" e "MURALHA GÓTICA" são outras designações que se aplicam às mesmas muralhas mas que, apesar de cientificamente mais corretas, são menos correntes.
Durante o século XIV, o Porto teve uma grandiosíssima expansão urbana para fora do seu núcleo do morro de Pena Ventosa, em torno da Sé, protegido pela Cerca Velha, construida sobre o muro regional romano. Este surto de povoamento foi particularmente notável na margem ribeirinha do Douro, refletindo a crescente importância das atividades comerciais e marítimas.
A cidade sentiu, deste modo, necessidade de um espaço amuralhado mais vasto que o da Cerca Velha. Os primeiros a apresentarem essa reivindicação foram burgueses com casas e negócios extramuros e daí menos protegidos.
Em meados daquele século, ainda no tempo de Dom Afonso IV, começou a ser construída uma nova cintura de muralhas que ficou concluída por volta de 1370. O fato de a obra só ter sido concluída no reinado de Dom Fernando, explica o motivo dela ser correntemente chamada de "Muralha Fernandina".
Passada a sua importância militar, as muralhas começaram a ser progressivamente demolidas a partir da segunda metade do século XVIII para dar lugar a novos arruamentos, praças e edifícios. Grande parte da muralha foi demolida já no final do século XIX . Os troços que subsistiram das chamadas "Muralhas Fernandinas" foram classificados como "monumento nacional" no ano de 1926.
Este muro de traçado geométrico e uma altura de 30 pés - nove metros - de porte altivo e grande robustez, era recortado por ameias salientes, tendo vários cubelos e torres elevadas e também imensas portas e postigos - dezassete, no seu total. Com um perímetro aproximado de 3000 passos (2600 metros), delimitava uma área de 44,50 hectares.
O seu traçado seguia pela margem ribeirinha do Douro até aos limites de Miragaia, subia pelo Caminho Novo e São João Novo até ao cimo do Morro do Olival, depois tomava a direção leste passando junto às hortas do bispo e do cabido, continuando para o Cimo de Vila, a seguir contornava os morros da Cividade e da Sé por nascente, descendo pela escarpa dos Guindais até à Ribeira, próximo da saída do tabuleiro inferior da atual Ponte Luiz I.
Seguindo o sentido oposto aos dos ponteiros de um relógio e começando pela Porta Nova (ou Nobre) que dava saída para Miragaia, as portas e postigos eram os elencadas infra;
1. - Porta Nova ou Nobre (de início de Miragaia),
2. - Postigo dos Banhos;
3. - Postigo da Lingueta;
4. - Postigo da Alfândega ou do Terreirinho;
5. - Postigo do Carvão (o único que ainda hoje existe);
6. - Porta da Ribeira;
7. - Postigo do Pelourinho;
8. - Postigo da Forca;
9. - Postigo da Madeira;
10. - Postigo da Lada (também chamada da Areia);
11. - Porta do Sol (de início Postigo do Carvalho do Monte ou do Penedo);
12. - Porta do Cimo de Vila;
13. - Porta de Carros (inicialmente foi apenas um postigo);
14. - Porta de Santo Elói (de início Postigo do Vimial);
15. - Porta do Olival;
16. - Porta das Virtudes (de início foi apenas postigo) e,
17. - Postigo de São João Novo (também chamado da Esperança).
Durante o século XIV, o Porto teve uma grandiosíssima expansão urbana para fora do seu núcleo do morro de Pena Ventosa, em torno da Sé, protegido pela Cerca Velha, construida sobre o muro regional romano. Este surto de povoamento foi particularmente notável na margem ribeirinha do Douro, refletindo a crescente importância das atividades comerciais e marítimas.
A cidade sentiu, deste modo, necessidade de um espaço amuralhado mais vasto que o da Cerca Velha. Os primeiros a apresentarem essa reivindicação foram burgueses com casas e negócios extramuros e daí menos protegidos.
Em meados daquele século, ainda no tempo de Dom Afonso IV, começou a ser construída uma nova cintura de muralhas que ficou concluída por volta de 1370. O fato de a obra só ter sido concluída no reinado de Dom Fernando, explica o motivo dela ser correntemente chamada de "Muralha Fernandina".
Passada a sua importância militar, as muralhas começaram a ser progressivamente demolidas a partir da segunda metade do século XVIII para dar lugar a novos arruamentos, praças e edifícios. Grande parte da muralha foi demolida já no final do século XIX . Os troços que subsistiram das chamadas "Muralhas Fernandinas" foram classificados como "monumento nacional" no ano de 1926.
Este muro de traçado geométrico e uma altura de 30 pés - nove metros - de porte altivo e grande robustez, era recortado por ameias salientes, tendo vários cubelos e torres elevadas e também imensas portas e postigos - dezassete, no seu total. Com um perímetro aproximado de 3000 passos (2600 metros), delimitava uma área de 44,50 hectares.
O seu traçado seguia pela margem ribeirinha do Douro até aos limites de Miragaia, subia pelo Caminho Novo e São João Novo até ao cimo do Morro do Olival, depois tomava a direção leste passando junto às hortas do bispo e do cabido, continuando para o Cimo de Vila, a seguir contornava os morros da Cividade e da Sé por nascente, descendo pela escarpa dos Guindais até à Ribeira, próximo da saída do tabuleiro inferior da atual Ponte Luiz I.
Seguindo o sentido oposto aos dos ponteiros de um relógio e começando pela Porta Nova (ou Nobre) que dava saída para Miragaia, as portas e postigos eram os elencadas infra;
1. - Porta Nova ou Nobre (de início de Miragaia),
2. - Postigo dos Banhos;
3. - Postigo da Lingueta;
4. - Postigo da Alfândega ou do Terreirinho;
5. - Postigo do Carvão (o único que ainda hoje existe);
6. - Porta da Ribeira;
7. - Postigo do Pelourinho;
8. - Postigo da Forca;
9. - Postigo da Madeira;
10. - Postigo da Lada (também chamada da Areia);
11. - Porta do Sol (de início Postigo do Carvalho do Monte ou do Penedo);
12. - Porta do Cimo de Vila;
13. - Porta de Carros (inicialmente foi apenas um postigo);
14. - Porta de Santo Elói (de início Postigo do Vimial);
15. - Porta do Olival;
16. - Porta das Virtudes (de início foi apenas postigo) e,
17. - Postigo de São João Novo (também chamado da Esperança).
domingo, 19 de maio de 2013
A BAIXA PORTUENSE REVISTA SOBRE CARRIS!
Capela dos Alfaiates |
Outra perspetiva da mesma capela |
CAPELA DOS ALFAIATES
* A "CAPELA DOS ALFAIATES" encontra-se localizada na freguesia da Sé, na cidade do Porto.
* Considerada monumento nacional, tem como principal interesse o fato de constituir a marcação, no norte de Portugal, da transição do estilo arquitetónico tardo-gótico para as novas formulações maneiristas de inspiração flamenga.
* São Bom Homem e Nossa Senhora de Agosto foram os padroeiros e protetores da Confraria dos Alfaiates e a imagem da primeira era - início do século XVI - venerada no primeiro andar de uma casa junto à Sé, cujo piso térreo servia de celeiro do cabido.
* No ano de 1954, iniciou-se a construção de uma nova capela frente à fachada principal da Sé do Porto, em edifício cedido pelo bispo Dom Rodrigo Pinheiro (38.º bispo do Porto). Onze anos depois, apenas as paredes haviam sido levantadas, porém com o empenho do prelado, o mestre-pedreiro Manuel Luís contratou com a Irmandade a conclusão do templo.
* Em 1853, a capela teve obras de beneficiação, promovidas pela Associação dos Alfaiates. Veio a ser considerada monumento nacional no ano de 1927; sendo que, em 1935, devido às obras de demolição programadas para a abertura do Terreiro da Sé, foi expropriada pela Câmara Municipal do Porto.
* Assim, no ano de 1953, foi redificada na sua atual implantação, no Largo do Ator Dias, entre as Ruas do Sol e de São Luís. Pela mesma época foram restaurados, pelo pintor Abel de Moura (1911-2003), os painéis da Epístola, que representavam a Anunciação, a Adoração dos Reis Magos, a Visita a Santa Isabel, a Natividade, o Menino Jesus no meio dos Doutores e a Fuga para o Egito. A visitação é diária, apenas no período da tarde.
* A capela de planta retangular, abre para o exterior por um portal ladeado por duas colunas coríntias caneladas assentes em pedestais, sendo o portal rematado por um nicho com decoração flamenga, desenhado pelo já referido Manuel Luís, em que se abriga uma imagem de barro de Nossa Senhora de Agosto.
* No interior do templo, bem iluminado pela grande janela rasgada na fachada, a abóbada elevada sobre o espaço quadrado da nave é de cruzaria tardo-gótica, mostrando já alguns motivos maneiristas.
* Um arco cruzeiro de volta-redonda, assente em pilastras jónicas, separa a nave da capela-mor, sendo que esta é coberta por uma pequena abóbada de canhão, com dois tramos formados por caixotões de granito que arrancam de mísulas clássicas.
* O retábulo da capela mor, também maneirista, divide-se em oito painéis que representam cenas da vida da Virgem e, iconograficamente, respeitam as prescrições do Concílio de Terento, divulgadas em Portugal, principalmente desde 1580, através das constituições Sinodais. Sem certezas absolutas, as pinturas são atribuídas a Francisco Correia e outros, sendo executadas, provavelmente entre 1590 e 1600.
* Ao centro, a imagem calcária de Nossa Senhora de Agosto - mais antiga - mostra influências da imaginária norte-europeia.
sábado, 18 de maio de 2013
A BAIXA PORTUENSE OLHADA SOBRE CARRIS!
Ao cimo o edifício autárquico. O carro eletrico faz a travessia longitudinal da Avenida dos Aliados (ex-Avenida das Nações Aliadas) |
CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
* O atual edifício da Câmara Municipal do Porto foi projetado pelo arquiteto Correia da Silva, tendo a sua construção começado no ano de 1920. O projeto surgiu na sequência do plano de expansão do centro cívico que havia sido elaborado pelo arquiteto inglês Barry Parker e aprovado no ano de 1916. A concretização deste plano levou à expansão para norte da Praça da Liberdade (ex-Passeio das Cardosas), abrindo-se a Avenida dos Aliados (ex-Avenida das Nações Aliadas) e a Praça do General Humberto Delgado (ex-Praça do Município).
* Apesar de ter sido iniciado naquele ano (1920), as obras de construção sofreram inúmeras interrupções (...algo a que não estamos habituados!), tendo sido introduzidas várias alterações ao projeto inicial, pelo arquiteto Carlos Ramos. Assim, os serviços camarários só se instalaram no novo edifício no ano de 1957 (coincidência...ano do nascimento do autor desta crónica!).
* O edifício é composto por seis pisos, uma cave e dois pátios interiores. A torre central, com setenta metros de altura, tem um relógio carrilhão - acessível por uma escada com 180 degraus. Os interiores, de mármore e granito, são ricamente decorados.
* A fachada de granito - retirado no início do século XX das pedreiras de São Gens e de Fafe - é decorada com uma dúzia de esculturas, da autoria de José de Sousa Caldas e Henrique Moreira e representa as diferentes atividades ligadas desde sempre ao Porto, como a viticultura, a indústria e a navegação.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
CONTINUAMOS A ADMIRAR A CIDADE TRIPEIRA SOBRE CARRIS!
* A "IGREJA DE SANTO ILDEFONSO" localiza-se na Praça da Batalha na freguesia homónima da cidade, dita tripeira!
* A sua construção iniciou-se no ano de 1730 - uma vez que o templo primitivo se encontrava em estado ruinoso - e ficou concluída em 1739, sendo consagrada a Santo Ildefonso de Toledo.
* A fachada é composta por duas torres sineiras com dentilhões nas cornijas, rematadas em cada face por esferas e frontões de fantasia. Sobre o entablamento ergue-se o nicho do padroeiro. As suas paredes exteriores são guarnecidas com azulejos de Jorge Colaço, representado cenas da vida do Santo e alegorias da Eucaristia.
* A nave é do tipo poligonal em estilo proto-barroco, com teto em madeira e estuques ornamentais repetidos nas paredes. Os altares laterais são obras neoclássicas e os colaterais são de talha rococó. O retábulo em talha barroca é estilo rococó da segunda metade do século XVIII.
(A fotografia é do acervo do autor e foi tirada a bordo de um carro elétrico da linha 22, Carmo/Batalha/Carmo).
quarta-feira, 15 de maio de 2013
VISITANDO A CIDADE, SOBRE CARRIS!
* O "TEATRO RIVOLI", cujo nome oficial é "Rivoli Teatro Municipal" é uma sala de espetáculos localizada na cidade do Porto, no gaveto das Praça Dom João I e Rua Magalhães Lemos.
* Recuando no tempo, temos que no ano de 1913, foi inaugurado o então chamado "Teatro Nacional". Nos anos posteriores, alterações no centro urbano obrigaram a repensar e a modernizar o imóvel; pelo que, em 1923, aparece o "Teatro Rivoli" (na capital...existe o Tivoli), remodelado e adaptado ao cinema e também com programação de ópera, dança, teatro e concertos, sendo o projeto arquitetónico da responsabilidade do engenheiro e arquiteto Júlio Brito.
* Na Década de 1970, a imagem do Teatro sofreu graves vicissitudes, provocadas por uma débil situação financeira. O Rivoli começou a degradar-se...o equipamento ficou obsoleto, sem programação regular nem público próprio. Por essa altura a autarquia portuense decidiu comprar a estrutura, por forma a devolvê-la à cidade e aos seus habitantes.
* Já no ano de 1992, o Teatro fechou para uma total remodelação, neste caso com o projeto da autoria do arquiteto Pedro Ramalho. A área existente de 6 mil metros quadrados foi ampliada para cerca de 11 mil, criando-se um Auditório Secundário, um Café-concerto, uma Sala de ensaios e um Foyer de Artistas, bem como espaços para os Serviços Administrativos e Técnicos. Em Outubro de 1997, o Rivoli Teatro Municipal reabriu as suas portas.
* Em Julho de 2006, a Câmara Municipal do Porto anunciou a decisão de entregar a gestão financeira e cultural do Teatro Rivoli a entidades privadas.
* Em Outubro do mesmo ano, cerca de trinta pessoas - na sua maioria elementos do Teatro Plástico - barricaram-se no interior do Rivoli em protesto pela sua privatização, ficando a manifestação conhecida por "RIVOLIÇÃO".
* Em Dezembro de 2006 a maioria no executivo (PSD/CDS-PP), em reunião extraordinária privada, decidiu conceder a gestão do teatro ao produtor e encenador Felipe La Féria por um período de quatro anos, com início em 01 de Maio de 2007. Seguiram-se duas providências cautelares que visavam anular o acordo, da parte da Plateia (uma das concorrentes) e do Partido Socialista. Em relação à primeira, o Ministério Público considerou que a concessão tinha sido irregular. O Tribunal Central Administrativo do Norte revogou a sentença da primeira instância que anulava a concessão a Felipe La Féria.
* Atualmente o "Rivoli" é gerido por uma empresa constituída por aquele - a Todos ao Palco - que paga à autarquia do Porto 5% das receitas de bilheteira.
* Sob esta gestão realizaram-se os espetáculos infra:
a) - "Jesus Cristo Superstar" (150 mil espetadores),
b) - "Música no Coração" (50 mil);
c) - "Um Violino no Telhado";
d) - "Piaf" (5 mil espetadores),
e) - "A gaiola das loucas" e
f) - "Annie".
* Em Outubro de 2010, verifica-se uma situação bastante preocupante na gestão da empresa "Todos ao Palco", com salários em atraso e falta de programação. Não são apresentados espetáculos na sala grande do Rivoli desde Julho daquele ano, falando-se já na possibilidade de outra companhia apresentar o próximo projeto cultural. Isto implica uma quebra do contrato que, assim, não cumpre qualquer dinamização da baixa portuense. A situação é de tal ordem que existem nesta empresa cerca de cinquenta trabalhadores - incluindo atores e técnicos - sem receber há longos meses e inúmeros credores (fornecedores) à espera do pagamento. Por sua vez, a autarquia não está tendo qualquer fonte de rendimento proveniente da concessão,
tendo de suportar todos os encargos com a manutenção do espaço.
* Recuando no tempo, temos que no ano de 1913, foi inaugurado o então chamado "Teatro Nacional". Nos anos posteriores, alterações no centro urbano obrigaram a repensar e a modernizar o imóvel; pelo que, em 1923, aparece o "Teatro Rivoli" (na capital...existe o Tivoli), remodelado e adaptado ao cinema e também com programação de ópera, dança, teatro e concertos, sendo o projeto arquitetónico da responsabilidade do engenheiro e arquiteto Júlio Brito.
* Na Década de 1970, a imagem do Teatro sofreu graves vicissitudes, provocadas por uma débil situação financeira. O Rivoli começou a degradar-se...o equipamento ficou obsoleto, sem programação regular nem público próprio. Por essa altura a autarquia portuense decidiu comprar a estrutura, por forma a devolvê-la à cidade e aos seus habitantes.
* Já no ano de 1992, o Teatro fechou para uma total remodelação, neste caso com o projeto da autoria do arquiteto Pedro Ramalho. A área existente de 6 mil metros quadrados foi ampliada para cerca de 11 mil, criando-se um Auditório Secundário, um Café-concerto, uma Sala de ensaios e um Foyer de Artistas, bem como espaços para os Serviços Administrativos e Técnicos. Em Outubro de 1997, o Rivoli Teatro Municipal reabriu as suas portas.
* Em Julho de 2006, a Câmara Municipal do Porto anunciou a decisão de entregar a gestão financeira e cultural do Teatro Rivoli a entidades privadas.
* Em Outubro do mesmo ano, cerca de trinta pessoas - na sua maioria elementos do Teatro Plástico - barricaram-se no interior do Rivoli em protesto pela sua privatização, ficando a manifestação conhecida por "RIVOLIÇÃO".
* Em Dezembro de 2006 a maioria no executivo (PSD/CDS-PP), em reunião extraordinária privada, decidiu conceder a gestão do teatro ao produtor e encenador Felipe La Féria por um período de quatro anos, com início em 01 de Maio de 2007. Seguiram-se duas providências cautelares que visavam anular o acordo, da parte da Plateia (uma das concorrentes) e do Partido Socialista. Em relação à primeira, o Ministério Público considerou que a concessão tinha sido irregular. O Tribunal Central Administrativo do Norte revogou a sentença da primeira instância que anulava a concessão a Felipe La Féria.
* Atualmente o "Rivoli" é gerido por uma empresa constituída por aquele - a Todos ao Palco - que paga à autarquia do Porto 5% das receitas de bilheteira.
* Sob esta gestão realizaram-se os espetáculos infra:
a) - "Jesus Cristo Superstar" (150 mil espetadores),
b) - "Música no Coração" (50 mil);
c) - "Um Violino no Telhado";
d) - "Piaf" (5 mil espetadores),
e) - "A gaiola das loucas" e
f) - "Annie".
* Em Outubro de 2010, verifica-se uma situação bastante preocupante na gestão da empresa "Todos ao Palco", com salários em atraso e falta de programação. Não são apresentados espetáculos na sala grande do Rivoli desde Julho daquele ano, falando-se já na possibilidade de outra companhia apresentar o próximo projeto cultural. Isto implica uma quebra do contrato que, assim, não cumpre qualquer dinamização da baixa portuense. A situação é de tal ordem que existem nesta empresa cerca de cinquenta trabalhadores - incluindo atores e técnicos - sem receber há longos meses e inúmeros credores (fornecedores) à espera do pagamento. Por sua vez, a autarquia não está tendo qualquer fonte de rendimento proveniente da concessão,
tendo de suportar todos os encargos com a manutenção do espaço.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
PASSEIO NO PORTO, SOBRE CARRIS!
CINE-TEATRO BATALHA
* O "CINEMA BATALHA" é (foi) uma sala de espetáculos localizada na Praça da Batalha, na cidade tripeira.
* Neste local funcionou anteriormente - desde 1908 - a sala de projeção cinematrográfica "SALÃO HIGH LIFE", que no ano de 1947 foi transformada, pelo arquiteto Artur Andrade, no Cinema Batalha.
* Foi inaugurado, precisamente em 03 de Junho, sendo constituído por dois auditórios; um com capacidade para 950 lugares sentados (plateia 346, tribuna 222 e balcão 382) e o outro para 135 pessoas. Tem ainda dois bares e um restaurante com esplanada.
* Atualmente o edifício é propriedade da empresa Neves & Pascaud. Depois de seis anos encerrado, voltou a abrir ao público em Maio de 2006, por arrendamento ao "Comércio Vivo", parceria da Autarquia e da Associação dos Comerciantes com diversas valências: bar, restaurante, sala de espetáculos com 935 lugares e sala bébé com cem cadeiras.
* O "Comércio Vivo" foi criado, especificamente, para gerir os cinco milhões de euros disponibilizados pelo Grupo Amorim para compensar os comerciantes pela inclusão de um shopping no Plano de Pormenor das Antas (o Porto Dolce Vita)!
* Em 31 de Dezembro de 2010, o "Gabinete Comércio Vivo" entregou as chaves aos proprietários, no último dia do contrato de gestão.
* A necessitar urgentemente de uma intervenção, o espaço está fechado e sem destino à vista.
O edifício tal como se encontra nos nossos dias. Decadente, abandonado e sem destino. |
PASSEAR NO PORTO SOBRE CARRIS!
IGREJA DOS CONGREGADOS
terça-feira, 7 de maio de 2013
SOBRE CARRIS, UMA VISTA PELA CIDADE PORTUENSE!
* Foi no domingo passado...assim começa o fado da nossa embaixatriz...mas, também foi no último domingo, enquanto a esposa foi assistir a uma sessão de fados cá pelo burgo; andando a minha pessoa com a moral astral em baixo, resolveu reviver tempos de infância!
* A "SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLETIVOS DO PORTO, abreviadamente STCP" é a concessionária dos transportes coletivos dentro do concelho. Além de autocarros de várias espécies, simples, articulados e de dois pisos, possui em funcionamento diário três carreiras de carros elétricos, nas quais se pode viajar durante vinte e quatro horas, com a aquisição de um bilhete de oito euros.
* Essas carreiras são as seguintes:
LINHA 1: Infante/Massarelos/Passeio Alegre (acompanha toda a zona ribeirinha entre aquelas zonas);
LINHA 18: Circulação Massarelos/Carmo (via Hospital de Santo António) e,
LINHA 22: Circulação Carmo/Batalha (percorre toda a baixa tripeira).
* A "SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLETIVOS DO PORTO, abreviadamente STCP" é a concessionária dos transportes coletivos dentro do concelho. Além de autocarros de várias espécies, simples, articulados e de dois pisos, possui em funcionamento diário três carreiras de carros elétricos, nas quais se pode viajar durante vinte e quatro horas, com a aquisição de um bilhete de oito euros.
* Essas carreiras são as seguintes:
LINHA 1: Infante/Massarelos/Passeio Alegre (acompanha toda a zona ribeirinha entre aquelas zonas);
LINHA 18: Circulação Massarelos/Carmo (via Hospital de Santo António) e,
LINHA 22: Circulação Carmo/Batalha (percorre toda a baixa tripeira).
De um extremo a outro. Guarda-freio de costas. |
Ao lado do guarda-freio, iniciando a íngreme subida da Rua da Restauração, a dez quilómetros/hora. |
Parado no semáforo (que não é nem vermelho nem verde), vista do Rio Douro, Cais de Gaia e Marginal de Vila Nova de Gaia. |
Ainda a aguardar a abertura do sinal e no interior (plataforma) do carro que fazia a linha 18, nova vista sobre o Rio Douro, a Alfândega e a zona de Miragaia (Porto). |
Não quero desprestigiar ninguém. Mas um carro elétrico conduzido por uma guarda-freio tem mais passageiros! |
Ora temos os comandos...aquilo que parece um volante é tão-somente o freio manual. A correia do lado esquerdo é para abrir a janela que é de subir e descer. |
Antigo quiosque de forma otagonal, que agora serve de posto de informação e venda para os circuitos turísticos. |
Pormenor de um dos três candeeiros com que é feita a iluminação interior. Cada um usa três lâmpadas. |
O carro elétrico número 131 tem 23 lugares sentados e foi reconstruido no ano de 2007 nas oficinas de Massarelos da própria STCP. |
E aí o temos no fim da linha 22, na Rua Augusto Rosa defronte do comando distrital da PSP (Polícia de Segurança Pública). Em circulação diária este é o veículo mais antigo. |
Em plena Praça da Batalha uma pequena agradável...surpresa Sessão fotográfica com noivas autênticas... |
Também havia noivos, mas elas chamavam mais a atenção dos passantes e dos viajantes. |
Noivos, noivas e...figurantes! |
Olá...o fotografo aproveitou-se da ocasião. Espero que não me critiquem! |
Para acabar tive direito a uma pose...Obrigado! Lá no fundo está o fiscal. |
Outra surpresa...esta na Praça dos Leões. Exibição estudantil junto da Faculdade de Ciências. |
Heliporto em Massarelos, com direito a inquilino. |
Encontra-se construído por cima do Rio Douro e é compartilhado pelo "INEM" em emergências. |
Já na linha 1, aproximando-se da Ponte da Arrábida, onde é feito o cruzamento de veículos; pois a via é única e nesta linha circulam dois veículos em sentidos opostos. |
Largo António Calém (zona do Fluvial), antigo quiosque que servia de mictório, urinol ou mijatório público. Hoje é apenas uma relíquia bem conservada. |
Fim da linha 1, no Passeio Alegre, todos os passageiros saem para darem a volta ao veículo, que entretanto também muda a barra de alimentação elétrica. |
O carro elétrico 205 já partiu lotado. Tem ainda três lugares (de pé) na frente ao lado do guarda-freio e dezasseis (também) de pé) na retaguarda, seja na outra cabina de condução. |
Longa reta, onde os veículos dão a sua velocidade máxima, entre 40/45 quilómetros/hora, pois circulam em faixa autónoma. |
Atenção! Os monstros desceram à cidade, concretamente à Alfândega Nova. Um mamute que nos saúda. |
Sempre ouvi falar neles, mas só os conhecia dos filmes do Steven Spielberg. Dinossauro que espreita algo! |
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