* O "TEATRO RIVOLI", cujo nome oficial é "Rivoli Teatro Municipal" é uma sala de espetáculos localizada na cidade do Porto, no gaveto das Praça Dom João I e Rua Magalhães Lemos.
* Recuando no tempo, temos que no ano de 1913, foi inaugurado o então chamado "Teatro Nacional". Nos anos posteriores, alterações no centro urbano obrigaram a repensar e a modernizar o imóvel; pelo que, em 1923, aparece o "Teatro Rivoli" (na capital...existe o Tivoli), remodelado e adaptado ao cinema e também com programação de ópera, dança, teatro e concertos, sendo o projeto arquitetónico da responsabilidade do engenheiro e arquiteto Júlio Brito.
* Na Década de 1970, a imagem do Teatro sofreu graves vicissitudes, provocadas por uma débil situação financeira. O Rivoli começou a degradar-se...o equipamento ficou obsoleto, sem programação regular nem público próprio. Por essa altura a autarquia portuense decidiu comprar a estrutura, por forma a devolvê-la à cidade e aos seus habitantes.
* Já no ano de 1992, o Teatro fechou para uma total remodelação, neste caso com o projeto da autoria do arquiteto Pedro Ramalho. A área existente de 6 mil metros quadrados foi ampliada para cerca de 11 mil, criando-se um Auditório Secundário, um Café-concerto, uma Sala de ensaios e um Foyer de Artistas, bem como espaços para os Serviços Administrativos e Técnicos. Em Outubro de 1997, o Rivoli Teatro Municipal reabriu as suas portas.
* Em Julho de 2006, a Câmara Municipal do Porto anunciou a decisão de entregar a gestão financeira e cultural do Teatro Rivoli a entidades privadas.
* Em Outubro do mesmo ano, cerca de trinta pessoas - na sua maioria elementos do Teatro Plástico - barricaram-se no interior do Rivoli em protesto pela sua privatização, ficando a manifestação conhecida por "RIVOLIÇÃO".
* Em Dezembro de 2006 a maioria no executivo (PSD/CDS-PP), em reunião extraordinária privada, decidiu conceder a gestão do teatro ao produtor e encenador Felipe La Féria por um período de quatro anos, com início em 01 de Maio de 2007. Seguiram-se duas providências cautelares que visavam anular o acordo, da parte da Plateia (uma das concorrentes) e do Partido Socialista. Em relação à primeira, o Ministério Público considerou que a concessão tinha sido irregular. O Tribunal Central Administrativo do Norte revogou a sentença da primeira instância que anulava a concessão a Felipe La Féria.
* Atualmente o "Rivoli" é gerido por uma empresa constituída por aquele - a Todos ao Palco - que paga à autarquia do Porto 5% das receitas de bilheteira.
* Sob esta gestão realizaram-se os espetáculos infra:
a) - "Jesus Cristo Superstar" (150 mil espetadores),
b) - "Música no Coração" (50 mil);
c) - "Um Violino no Telhado";
d) - "Piaf" (5 mil espetadores),
e) - "A gaiola das loucas" e
f) - "Annie".
* Em Outubro de 2010, verifica-se uma situação bastante preocupante na gestão da empresa "Todos ao Palco", com salários em atraso e falta de programação. Não são apresentados espetáculos na sala grande do Rivoli desde Julho daquele ano, falando-se já na possibilidade de outra companhia apresentar o próximo projeto cultural. Isto implica uma quebra do contrato que, assim, não cumpre qualquer dinamização da baixa portuense. A situação é de tal ordem que existem nesta empresa cerca de cinquenta trabalhadores - incluindo atores e técnicos - sem receber há longos meses e inúmeros credores (fornecedores) à espera do pagamento. Por sua vez, a autarquia não está tendo qualquer fonte de rendimento proveniente da concessão,
tendo de suportar todos os encargos com a manutenção do espaço.
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