domingo, 9 de dezembro de 2012

FIGUEIRA DA FOZ E A SUA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA!

* A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA FIGUEIRA DA FOZ", popularmente conhecida apenas por "Estação da Figueira da Foz" é uma interface ferroviária da Linha do Oeste, que serve a cidade do mesmo nome, no distrito de Coimbra, sendo o seu acesso feito pelo Largo da Estação.
* Esta estação é composta por várias linhas de topo e seis vias de circulação, cujos comprimentos variam entre os duzentos e quarenta seis (246) e os duzentos e noventa cinco (295) metros, com as plataformas a terem uma extensão variável desde duzentos e noventa dois (292) a duzentos e trinta (230) metros e a altura de trinta (30) a sessenta (60) centímetros.
* A sua inauguração deu-se em 03 de Agosto de 1882, como parte da Linha da Beira Alta, pela "Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta". Já a ligação até Leiria, pela Linha do Oeste abriu à exploração em 17 de Julho de 1888.
* No ano de 1932, a "Companhia da Beira Alta" construiu retretes (termo usado na gíria ferroviária) para serem utilizadas pelo pessoal do depósito de máquinas, realizou obras de reparação do  telhado das Oficinas Gerais, reconstruindo, sensivelmente, cento e sessenta metros de via no seu interior. No ano seguinte (1933), foram feitos setecentos e trinta seis (736) metros quadrados de calçada no caminho de acesso aos cais, foi substituído o soalho do dormitório dos maquinistas e forrado a madeira o dormitório do chefe dos maquinistas. Foi, também, assente uma cancela de ferro de correr para vedar a arrecadação e o acesso ao cais para o peixe. Os trabalhos de reparação do telhado das Oficinas Gerais continuou, sendo construídas quatro claraboias em ferro. Por fim, foi instalada uma caldeira em ferro zincado em todo o comprimento do edifício e colocados setecentos e vinte nove (729) vidros e setecentas noventa quatro (794) placas de ferro zincado.
* A "EMEF" (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) tinha, em Setembro de 2011, um complexo oficinal junto a esta estação, com o objetivo de manter, modificar e reparar material circulante, chegando, estas instalações, a empregarem trezentos e quarenta (340) trabalhadores - na década de 1980. Foram os responsáveis pela transformação de uma unidade da série 0300 (modelo "Allan") na automotora "vip", que entrou ao serviço em 1992 e é um autêntico escritório sobre carris, com a possibilidade de transportar doze pessoas.
* Porém, e ainda naquele mês (Setembro de 2011), as administrações da operadora "Comboios de Portugal" e da Empresa de Manutenção reafirmaram a decisão de encerrar estas oficinas, sendo alguns dos trabalhadores deslocalizados para as instalações do Entroncamento. Naquela data, o número de trabalhadores era apenas de trinta e quatro (34). Como previsto, as instalações oficinais da Figueira da Foz  encerraram, de forma definitiva, em 30 de Novembro de 2011.
Comemoração do centenário da eletrificação
do troço Coimbra/Figueira da Foz, em 1982.

"UDD" (unidade dupla diesel) da série "0450" a número
0463, que estava a necessitar de um bom banho
exteriormente.

Ela iria fazer a linha do Oeste, até às Caldas
da Rainha, num estado lastimável de
sujidade. Enfim,,,é este o material que a nossa
operadora nos apresenta para se viajar.

Várias composições "UTE" (unidades tripla elétricas)
que é o material usual por estas bandas. Todas foram
sujeitas ao gravíssimo estado dos "borrões dos
grafiteiros". Todos nós contribuímos para a sua
limpeza...

O viaduto rodoviário que atravessa a estação e as
instalações portuárias. À esquerda da foto pode-se
ver, parcialmente, o edifício onde funcionavam as
oficinas. 

Resguardo onde se encontram as agulhas manuais
que fazem virar as diversas linhas, conforme a
circulação.

Hoje sem qualquer utilidade e a necessitar de "decapante".
Era ela que auxiliava no carregamento dos fardos de sal
e do peixe. (Grua giratória)

Sobre a entrada do gabinete do ilustre chefe da
estação, o nome da cidade, que é também o da
infraestrutura ferroviária. 

Se todos os avariados, funcionassem como este...
A etiqueta contem uma grossa mentira, pois o
relógio estava a trabalhar e marcava a hora certa!

Vista geral do edifício da estação na parte virada
para as plataformas de embarque.


Edifício da Câmara Municipal. Por aqui já passou,
sua excelência, o Doutor Santana Lopes.

A avenida marginal junto à marina.

Em pleno areal, campo polivalente...ténis, futsal,
futebol de cinco, etc.

O ex-libris figueirense. Coluna com um relógio no topo
que se localiza à entrada de uma das praias e em
frente ao casino.

Ao longe, a vila de Buarcos, uma das freguesias que
integra o concelho.

Outra perspetiva do longo areal que carateriza as
praias figueirenses. Cidade que atrai bastantes
veraneantes na época estival.
* Recuando-se até ao longínquo ano de 1903, era por esta estação que se procedia à expedição de sal para Coimbra e outras localidades próximas, providas de caminho de ferro.

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