quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

RÉPLICA DA NAU QUINHENTISTA

* No projeto de recuperação da Alfândega Régia e do Museu dedicado à tradição da construção naval em Vila do Conde, foi um precioso complemento a construção da réplica de uma Nau. Para além de um importante elemento de atração turística e lúdica, tem uma função pedagógica, por haver sido construída com o máximo respeito pelas investigações científicas da responsabilidade do Almirante Rogério de Oliveira e incorpora o saber ancestral dos carpinteiros e calafates dos estaleiros vilacondenses.
A Nau vista de popa ou, se quiserem, de ré!

A lateral (bombordo) da embarcação!
* A Nau portuguesa do século XVI era um navio redondo, de bordas altas, com uma relação de três para um entre o comprimento e a largura máxima, três ou quatro cobertas, castelos de popa e de proa, respetivamente, com três e dois pavimentos, cuja arquitetura se integra perfeitamente  no casco; arvorava três mastros, sendo o grande e o traquete com pano redondo, e o da mezena com pano latino.
A popa (seja quilha) da Nau, com a devida matrícula!
Uma carta cartográfica ou mapa marítimo!

* A Nau, assim desenhada, satisfazia uma maior necessidade de capacidade de carga do que a conhecida, até então nas navegações portuguesas. As longínquas viagens para a Índia forçavam os navios ao transporte de grande quantidade de alimentos sólidos e líquidos para o sustento da tripulação, tanto mais que a rota impunha longos períodos de navegação sem se ver a costa ou quaisquer outros pontos de apoio. A isto temos a acrescer o fator comercial: o comércio de especiarias obrigava ao transporte de uma carga algo valiosa e volumosa, que requeria espaços adequados para o seu acondicionamento. A tudo respondia a nau, com o seu casco bojudo, e ampla capacidade de acomodação.
O interior visto parcialmente, com o frade a dar as boas vindas
a bordo!

* A fim de mostrar a complexidade da organização das viagens, a Nau apresentará nos camarotes do piloto e do cartógrafo, material cartográfico, instrumentos e técnicas de navegação, cozinha e despensa, procurando elucidar sobre as técnicas e as vicissitudes de vida a bordo.


Adaptado da publicação mensal emitida pela Câmara Municipal de Vila do Conde, no tema "Turismo".










 

   

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