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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

TRAVANCA

TRAVANCA é uma freguesia desde 1120 que hoje integra o concelho de Amarante e que presentemente tem a área total de 8,69 quilómetros quadrados, habitados em permanência por 2.278 pessoas (dados do ano de 2011), o que nos transporta à densidade populacional de 262,1 habitantes/quilómetro quadrado. Daqui é natural ACACIO LINO (de Magalhães), pintor e escultor que morreu na cidade do Porto, com 78 anos em 18 de abril de 1956.
Igreja romantica que data de meados do século XII 

A torre sineira e o baluarte anexos à igreja

Já serviu como convento e como hospício para doentes mentais.
Hoje aguarda por um destino decente ... mais uma pousada?

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ONDE FICA?


* O "AQUEDUTO DE COELHEIRO" prolongava-se desde o lugar homónimo até à Praça do Almada, na cidade e concelho da Póvoa do Varzim, distrito do Porto.
* Foi construído no século XVIII para o abastecimento do tanque da Praça Nova, devido ao crescimento económico e populacional da Póvoa de Varzim, após esta se haver tornado a fonte abastecedora de pescado das províncias do norte do país, na segunda metade de setecentos.
* Foi o corregedor Francisco de Almada e Mendonça (o Almada que deu lugar ao topónimo) o grande mentor da reforma urbanística poveira nessa época, para assim poder responder à Provisão Régia de Dona Maria I de Portugal, em 1791. Abriu-se a praça (que hoje tem o nome de Almada, em honra a este corregedor), rasgou-se nova praça onde passaram a ser realizados os mercados e feiras e construiu-se o aqueduto para levar a água ao centro do novo concelho, que então era denominado por "arcos da agoa publica", isto em 1795.
* Afora o preenchimento da necessidade da falta de água  potável na zona central da urbe, o aqueduto era fundamental para a continuação do processo de expansão urbana. Há quem diga que terá sido o "Aqueduto de Santa Clara" que serviu de inspiração para este, mas não há garantias. A água era colhida na fonte da Bica e conduzida por uma calha (rego) coberta, com pedras encaixadas umas nas outras para a Fonte do Ruivo, onde tinha início o aqueduto.
* Da estrutura original chegou até aos nossos tempos parte significativa, apesar de oculta perto do Bairro da Matriz, onde em tempos foi aproveitado para a execução de muros.
* O aqueduto encontra-se em vias de classificação, sendo que o Plano de Urbanização da Póvoa de Varzim prevê a recuperação do que resta do aqueduto.  

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CIDADE DE GONDOMAR!

IGREJA MATRIZ DE GONDOMAR


* A "IGREJA MATRIZ DE GONDOMAR" é assim conhecida popularmente e entre os seus próprios habitantes; no entanto a designação correta é "IGREJA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO", ficando situada no Largo da Igreja da ex-freguesia de Gondomar (São Cosme), atualmente "União das freguesias de Gondomar-São Cosme, Jovim e Valbom".
* Começou a ser construída no início do século XVII. Em estilo barroco, é ladeada por uma torre sineira. Na sua fachada destacam-se os nichos das imagens em granito dos seus padroeiros, os santos gémeos Cosme e Damião.
* No interior é de destacar a talha dourada dos retábulos do altar-mor e dos altares laterais, a pintura dos caixotões do teto e a estatuária religiosa com predominância para a imagem da Virgem com o Menino.
A igreja matriz com o cemitério à sua esquerda, parte velha do
mesmo.

sábado, 3 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013, PARTE II

Placa histórica comprovativa de que as mercadorias
despachadas por via ferroviária estavam cobertas
pelo seguro. A companhia já nem existe!
Ora cá temos o depósito de água sem qualquer fuga.
Rotunda ou placa giratória. Foi-me informado que a
mesma está operacional (!)
Carruagem de passageiros de 3ª classe, pintada na cor azul.
Já a conheci apenas como um esqueleto! PARABENS!
Estou no interior da dita, que possui bancos de madeira,
por via das hemorróidas!
O edifício ferroviário na parte voltada para os cais de
embarque, hoje, ciclovia!
Sanitários, com os lava mãos (lavatórios) separados do
restante. Continuam a prestar relevantes serviços... 
Foi de fato uma passagem de nível sem cancelas.
Lá temos o célebre "PÁRE, ESCUTE E OLHE"
Em direção a Arco de Baúlhe, já na saída da estação, o
antigo canal ferroviário, agora transformado em ciclovia.
*  A "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CELORICO DE BASTO", que popularmente, apenas é chamada por "Estação de Celorico de Basto" foi uma interface da Linha do Tâmega (hoje totalmente extinta) que serviu o concelho homónimo do distrito de Braga.
A infraestrutura ferroviária de Celorico de Basto, na parte
voltada para a via pública. Já a conheci praticamente em
ruínas...hoje foi aproveitada para um posto de informações
e venda de artesanato. PARABENS!

* Os trabalhos de construção, no trecho entre Chapa (apeadeiro, Amarante) e Celorico de Basto, começaram em outubro de 1929. No ano de 1931, já se encontrava construída a casa para o pessoal .
* Esta interface foi inaugurada, sendo, de forma provisória, a estação terminal da Linha do Vale do Tâmega, em 20 de março de 1932, pela então "Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal". Para o transporte dos convidados, de várias entidades oficiais e particulares foram realizados dois comboios especiais; um deles desde Porto/São Bento até à Livração e outro desde aquela estação até Celorico de Basto.  Logo a seguir à inauguração, a estação passou a prestar serviços completos em pequena e grande velocidades, internos ou combinados.
* O troço seguinte da Linha do Vale do Tâmega (depois apenas Tâmega), até Arco de Baúlhe, veio a ser inaugurado em 15 de janeiro de 1949. No ano de 1990, foi encerrada a linha desde Amarante até Arco de Baúlhe, no qual esta interface se integrava.
* Nos nossos dias, em toda a extensão desde Amarante, que o leito da via se encontra transformada em ciclovia.









sexta-feira, 2 de agosto de 2013

FÉRIAS DE 2013 - PARTE I

NÚCLEO FERROVIÁRIO DE ARCO DE BAÚLHE

* A estação ferroviária de Arco de Baúlhe está hoje transformada no Núcleo Ferroviário do Museu das Terras de Basto. No ano de 2000 a "REFER" cedeu à Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto o espaço da estação e todas as suas infraestruturas, ficando a autarquia responsável pela sua conservação, manutenção e gestão, em parceria com a Fundação Museu Nacional Ferroviário.
* O edifício da estação - local de acolhimento dos visitantes - mantêm-se intato com a bilheteira, o suporte onde podem ser consultados os horários e outro mobiliário ferroviário, bem como a respetiva sala de espera.
O pequeno edifício das sentinas, continuam a ter o mesmo
fim. O esmero é notório!

Vista geral do edifício ferroviário na parte voltada para
os cais que foram de embarque. Dá gosto ver uma
infraestrutura de uma linha extinta, conservada desta
forma. Parabens!

Na lateral da antiga estação, a sua denominação. Asseio,
limpeza, arrumação são de louvar!

Bilheteira para as guias que serviam para os volumes
despachados em grande velocidade. Cada quadradinho
correspondia a uma estação.

Finalidade idêntica, mas aqui para os antigos bilhetes
de passageiros, em cartolina de cores diferentes e
que tinham dois furinhos no centro.

* Mal entra, logo o visitante é convidado a sair para o cais de embarque, começando-se a chamar a sua atenção para aquela que foi a casa dos maquinistas (hoje delegação do Centro de Emprego local), as sentinas (sanitários) revestidos a azulejos, o imponente depósito de água e a grua de abastecimento de locomotivas, seja, a bomba de água que servia para encher a caldeira das locomotivas a vapor.
Imponente depósito de água, em ótimo estado.

A toma de água, embora não possua qualquer utilidade,
está em excelente estado de conservação. 

Vista parcial da antiga casa dos maquinistas. Hoje encontra-se
aproveitada com a delegação local do Centro de Emprego.


* Caminhando-se em direção oposta, seja, para o cais das mercadorias, o visitante é contemplado com dois vagões sobre a via férrea (que é de bitola métrica); sendo um fechado (ano de 1906) e o outro de caixa aberta (abas altas) dos anos de 1909/1911, ambos destinados ao transporte de mercadorias; a completar o conjunto existe um vagão cisterna (ano de 1926).
Atualmente o antigo armazém de despachos é utilizado para exposições temporárias e como espaço lúdico para os mais jovens.
Vagão fechado para transporte de mercadorias diversas.
Tem rodados duplos.

O outro vagão para transporte de mercadorias, este aberto
e de abas altas; possuindo, também, rodados duplos.

O vagão cisterna com capacidade para dez mil litros.
Todo este material está apto a circular, dado o seu
impecável estado de conservação.

O antigo cais das mercadorias, notando-se a saliência
no vagão fechado, onde seguia sempre um funcionário
para acionar o travão manual em caso de emergência.
Automotora a gasolina de fabrico português, da série "ME-50".
Hoje apareceria algo como CP.
M.D. (Minho e Douro, que foi uma extinta operadora
ferroviária).
O número da locomotiva a vapor...407, mas daquela
antiga empresa.
Carruagem de 3ª classe, com assentos em madeira e o
exterior pintado de verde.
O furgão que tanto transportava mercadoria como
correspondência.
Estou no interior da outra carruagem de 3ª classe; esta
pintada de azul, com cortinas em pano e assentos em
pau, por causa das hemorróidas.
Cabina de condução da locomotiva a vapor MD-407), que
foi restaurada em Lousado no ano de 1988.
Estou no interior da automotora a gasolina. Apesar do seu
curto comprimento, tinham lugares de 1ª, 2ª e 3ª classes e
ainda um WC. (ao fundo à esquerda).
Cabina de condução da ME-50, made in "560". O que
parece ser um volante, é somente o travão, mas tinham
alavanca de velocidades, também visível.
Embora o sol radioso que estava nesse sábado me
impossibilitasse uma fotografia com qualidade e,
por ser curioso, se a automotora não pegasse pela
ignição, tinha esta manivela para a pôr a trabalhar.
A falta de uso fez com que os aracnídeos fossem
trabalhando...
A rotunda, mais conhecida por placa giratória. Neste preciso
local era o fim da linha do Tâmega, que se foi encurtando,
até à sua extinção por completo.
Chafariz em ferro forjado que ainda jorra água se
dermos à torneira!
Carruagem-salão onde viajou o Rei Dom Carlos, de côr
verde, atente-se no pormenor do farolim traseiro que
indiciava ser a cauda da composição.
A Rainha consorte viajou nesta que era de cor azul 
HISTÓRICO! Já não existe a "Companhia Europêa de
Seguros" era a que segurava as mercadorias
transportadas por via ferroviária.
Pormenor das duas carruagens-salão reais!
Sim, é verdade. Foi a hora em que por lá andei!
Bomba manual de extração de água do poço que existe
no espaço da estação. 
No ano de 1962 foi a estação mais florida e com o melhor
.espaço ajardinado.
Trrrim...trrrim! 'Tou chim? Allô!
Aparelho que servia para colocar a data nos bilhetes (dos
passageiros)
Hoje caiu em desuso...mas existe bandeira verde. Aí
estão as três para memória futura!
Sacola do cobrador. Notas, moedas e bilhetes era o
seu conteúdo.
Balanças decimais para pesar as mercadorias sujeitas
a despacho.
The last photo. O edifício ferroviário na parte
voltada para a via pública (Rua da Estação).

Em perspetiva, o que acabei de afirmar. O acesso era feito
por uma escada exterior.

* Continuando-se a visita que é sempre agradável aos olhos, atendendo-se ao bom, estado de conservação e limpeza, chega-se a uma cocheira, que serviu para a manutenção dos veículos circulantes. Nela encontram-se expostos cinco veículos ferroviários: Uma locomotiva a vapor, alimentada por carvão, do ano de 1908 (MD 407, Minho e Douro); uma automotora a gasolina, fabricada pelas oficinas de Santa Apolónia, no ano de 1948, da série ME-50; duas carruagens de 3ª classe, sendo uma do último quartel do século XIX (CE.FY  79), concretamente fabricada no ano de 1876 e a outra do início do século XX (CE.YF 453) do ano de 1908 e ainda um um furgão (amarelo) para transporte de correspondência e despachos (DE.FV 506), construido no ano de 1908.
* Na viagem em direção à próxima cocheira, passa-se pelo depósito de carvão e pela redonda (placa giratória usada para proceder à inversão de marcha da locomotiva ou automotora.
* Nesta última cocheira, o viajante pode observar as duas carruagens-salão utilizadas na viagem do Rei Dom Carlos e de sua esposa, a Rainha Dona Amélia de Orleães, às Pedras Salgadas, em Junho de 1907, aquando da inauguração do troço entre Vila Real e aquelas termas (linha do Corgo). O casal régio ocupou cada  um a sua carruagem. Dom Carlos usou a carruagem-salão, construida na Alemanha no ano de 1906 (SE.YF 201); a Rainha consorte, por sua vez, utilizou a outra construída na Bélgica, em 1905 (SE.FV 4001). É de realçar  a qualidade e requinte dos materiais cerâmicos utilizados em ambas as carruagens-salão; loiça sanitária em faiança com motivos pintados, mesas de boas madeiras e sofás com estofos em couro e poltronas de veludo.
* O edifício da estação, propriamente dito, é revestido com paineis de azulejos executados em 1940, por A. Lopes na Fábrica de Cerâmica Sant'Ana, em Lisboa.